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Lição 09 - O Senhor Peleja Por Seu povo - Pr. Josaphat Batista

Lição 09 - O Senhor Peleja Por Seu povo - Comentarista: Pr. Josaphat Batista


INTRODUÇÃO


Dt 20:1,2,3

1- Quando saíres à peleja, contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo mais numeroso do que tu, deles não terás temor, pois contigo está o Senhor teu Deus que te fez subir da terra do Egito.

2 - Quando estiveres para entrar na peleja, o sacerdote se chegará e falará ao povo,
3 - e lhe dirá: Ouvi, é Israel; vós estais hoje para entrar na peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração; não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles;

4 - pois e Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar.

Esta passagem Bíblica fornece instruções significativas sobre a conduta em guerras santas. Israel está conquistando a terra prometida; a presença de Deus ao seu lado lhe dará a garantia da vitória, mas será mantida apenas mediante a obediência às suas normas.


- Logo depois em que o povo de Israel renovou seu pacto com o Senhor, houve uma reação dos povos que habitavam a terra de Canaã juntando-se em um acordo comum para pelejarem contra Josué e Israel (Js 9:1,2). As maravilhas que o Senhor operara entre o seu povo, derrotando as cidades inimigas, resultaram em um confronto entre os habitantes de Canaã que agora procuravam fazer aliança entre si com o propósito maléfico de destruir Israel.

Observe que mesmo com as vitórias militares que Deus concedeu ao seu povo, os inimigos de Israel não recuaram nos dando uma lição de que não podemos nos acomodar diante do inimigo, mesmo obtendo grandes vitórias, e sim, continuarmos a nossa peleja consciente de que enquanto estivermos aqui o Senhor promete pelejar por nós, se assim guardarmos os seus mandamentos. ALELUIA!


I – A PRESSÃO DO ADVERSÁRIO

Por falar nesse assunto, lembramos as palavras (do comentário da lição anterior) do nosso irmão e amigo colaborador do portal ebdcamaçari.com Dr. Caramuru Afonso que nos diz:
- Quando galgamos um novo estágio em nossa vida espiritual, quando crescemos espiritualmente, saibamos que o inimigo se levantará contra cada um de nós. Não pensemos que, em virtude da vitória espiritual obtida, estaremos mais livres da ação do inimigo, que o maligno nos enfrentará com menor força. Bem ao contrário, se tivemos progresso espiritual, a luta será ainda mais renhida, pois é sinal que, em virtude do crescimento, podemos suportar um pouco mais a pressão do adversário. O escritor aos hebreus foi claro ao mostrar que havia diversos níveis de luta contra o mal, ao exortar os destinatários da carta no sentido de que, embora eles já tivessem suportado grande combate de aflições (Hb.10:32), ainda não haviam resistido até o sangue, combatendo o pecado (Hb.12:4). Se o Senhor não nos tenta além daquilo que podemos suportar (I Co.10:13), temos que, quanto mais recebermos do Senhor, mais nos será cobrado (Lc.12:48).


- Como resposta ao maior envolvimento de Israel com Deus, depois da fé e obediência demonstrada nas conquistas de Jericó e Ai, os povos moradores de Canaã resolvem se unir e enfrentar, de comum acordo, numa ação conjunta, o povo de Israel. O inimigo tornou-se, assim, mais organizado e poderoso, aumentando, ainda mais, o desafio que se apresentava ao povo de Israel. De igual modo, quando nos dispomos a servir a Deus com maior intensidade, saibamos que o adversário de nossas almas se levantará com maior intensidade, com maior organização, a fim de impedir que alcancemos o nosso propósito. Entretanto, não desanimemos por causa disso, mas aumentemos a nossa fé no Senhor, “…porque maior é o que está em nós do que o que está no mundo” (I Jo.4:4b, com adaptação das pessoas gramaticais). Dr. Caramuru Afonso colaborador do portal ebd. Pb. No Belenzinho- SP.

II – O SENHOR PELEJA POR JOSUÉ E ISRAEL


Como vimos na lição anterior, diversos dos pequenos reinos de Canaã, alarmados com o progresso rápido da invasão, se unem no esforço de impedir o avanço de Josué. Mas, ‘os habitantes de Gibeão, ouvindo o que Josué havia feito a Jericó e a Ai, agem com astúcia’. (Jos. 9:3, 4) Fingem ser de um país distante de Canaã, e fazem um pacto com Josué “para deixá-los viver”. Quando os israelitas descobrem o ardil, respeitam o pacto, mas fazem dos gibeonitas “ajuntadores de lenha e tiradores de água”, quais ‘escravos mais baixos’, cumprindo-se assim em parte a maldição que Noé, sob inspiração divina, pronunciara contra Canaã, filho de Cã. — Jos. 9:15, 27; Gên. 9:25. Essa deserção dos gibeonitas não é coisa insignificante, pois “Gibeão era uma cidade grande . . . maior do que Ai, e todos os seus homens eram poderosos”. (Js. 10:2) Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, vê nisso uma ameaça contra si mesmo e contra os demais reinos de Canaã. Tem de ser punido para servir de exemplo, a fim de que não haja mais deserção para o lado do inimigo. Portanto, Adoni-Zedeque e outros quatro reis (das cidades-reinos de Hebron, Jarmute, Laquis e Eglom) se organizam e guerreiam contra Gibeão. Josué, fiel a seu pacto com os gibeonitas, marcha a noite inteira para ir em socorro deles, e desbarata os exércitos dos cinco reis. Mais uma vez, Deus luta pelo seu povo, empregando poderes e sinais sobre-humanos, com resultados devastadores.

Grandes pedras de saraiva caem do céu, matando mais inimigos do que as espadas do exército israelita. Daí, maravilha das maravilhas, ‘o sol fica parado no meio dos céus e não tem pressa em pôr-se por cerca de um dia inteiro’. (10:13) Assim, podem ser completadas as operações de limpeza.(assunto esse que abordaremos um pouco mais a frente). Os sábios do mundo talvez tentem desacreditar este acontecimento miraculoso, mas os homens de fé aceitam o relato Divino, bem cientes do poder de Deus de controlar as forças do universo e de dirigi-las segundo a Sua vontade. Pois, com efeito, “o próprio Deus lutava por Israel”. — 10:14. Josué, depois de matar os cinco reis, destrói a Maquedá. Indo rapidamente para o sul, destrói completamente a Libna, Laquis, Eglom, Hebron e Debir, cidades situadas nas montanhas e colinas entre o mar Salgado e o Grande Mar. As notícias sobre a invasão espalham-se então por todo o país de Canaã. No Norte, o alarme é dado por Jabim, rei de Hazor. A toda a parte, a ambos os lados do Jordão, ele envia mensageiros para convocar uma ação unida em massa contra os israelitas. Quando as forças reunidas do inimigo se acampam junto às águas de Merom, abaixo do monte Hermom, são uma “multidão como os grãos de areia que há à beira do mar”. (11:4). Novamente Deus assegura a Josué a vitória e fornece o plano da estratégia da batalha. Qual o resultado? Mais uma derrota esmagadora para os inimigos do povo de Deus! Hazor é incendiada, e as cidades aliadas e seus reis são destruídos. Assim, Josué estende a área da dominação israelita por todo o comprimento e por toda a largura de Canaã. Trinta e um reis foram derrotados. Contudo, o texto Bíblico estudado em apreço, nos encoraja e nos faz marchar de cabeça erguida sabendo que o mesmo Deus que pelejou junto com Israel no passado é o mesmo Deus que peleja hoje em prol da sua Igreja. ALELUIA!


III- O DIA MAIS LONGO DA HISTÓRIA


Segundo o irmão Jaime Nunes Mendes esta passagem bíblica tornou-se, para muitos ateus, numa espécie de sustentáculo para suas suspeitas acerca da veracidade da Bíblia. Isto porque, como é sabido, é a terra que gira em torno do Sol, e não o contrário, como supunham os antigos. “Sol, detém-te em Gibeom... E o sol se deteve... O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro” (Js. 10:12, 13).


Tal fato foi cientificamente comprovado pelo astrônomo teuto-polonês, Nicolau Corpérnico, que, em 1534, publicou o livro “Sobre a Revolução das Órbitas Celestes”, em que mostrava o Sol e não a terra como o centro do nosso sistema planetário. Esta descoberta causou um enorme estardalhaço no meio religioso da época, levando à prisão, pelas mãos da Inquisição, o cientista italiano, Galilei Galileu, o qual apoiou a teoria heliocêntrica de Copérnico.


Como explicar esta aparente contradição da Bíblia? Será que ela errou? Não. Não há contradição nem muito menos erro.

Não obstante muitos pregadores, teólogos e estudiosos da Bíblia tentar explicar o fato pelo viés científico, a grande verdade é que a ciência não cabe aqui. Sim, é bem verdade que muitos fatos revelados na Bíblia possam ser comprovados pela ciência, todavia ela não foi escrita com finalidade científica. Absolutamente. Em muitos casos é preciso levar em conta o contexto no qual foram escritos determinados episódios bíblicos. Se até hoje, apesar de toda a força dos meios de comunicação, e mesmo com o irrestrito acesso à cultura, muitos ainda crêem que é o Sol que gira em torno da terra, o que se dirá de pessoas que viveram há milhares de anos? Mesmo as mais brilhantes civilizações antigas, às que mais prezavam o conhecimento, ainda essas, por falta de comprovação científica, acreditavam que era a terra o centro do sistema planetário. O maior pensador, orador e escritor latino, Cícero (106-44 a.C.), em seu tempo, tinha essa certeza: “A terra, no globo, fica imutável e muda no centro do Universo, na região mais baixa, eternamente fixa” (“Da República”).


Acreditar assim é muito mais simples e verossímil do que tentar inutilmente introduzir a ciência onde ela nunca há de caber. E isso não reduz em nada a veracidade das Escrituras, nem tampouco diminui nossa fé! Muito pelo contrário, apenas atesta a simples realidade de um determinado contexto histórico, em que homens simples, como camponeses, pastores, profetas etc. sob a inspiração divina, trouxeram à luz este maravilhoso livro, a Bíblia. Isso é simplesmente maravilhoso! A Bíblia, não obstante ser a Palavra de Deus, não foi escrita pelas próprias mãos de Deus!. Contudo, seus santos desígnios foram revelados a esses homens que, apesar de rústicos e simples, temiam-no de mente e artérias. Não precisamos de muletas para nos defender das ardilosas artimanhas daqueles que, para justificar seus pecados e para continuar neles, vivem procurando “pêlo em ovo” ou “pulga em sapo”, a fim de menosprezar as verdades bíblicas. Quem vive espontaneamente nas trevas, jamais deseja o aparecimento da luz. A Bíblia, para tais pessoas, é uma “uma pedra no meio do caminho”. Ela condena seus pecados, daí eles lutarem de todas as formas para tirar dela a verdade. Mas isto é inútil. A Bíblia, mesmo com suas aparentes contradições, é verdadeiramente a Palavra viva de Deus.


CONCLUSÃO

Portanto, concluímos observando a forma como o nosso Deus trabalha pelo seu povo. O exército de Josué estava pronto para avançar. Eles estavam acampados cerca de 38 quilômetros de Gibeom. Mas, ao marcharem toda a noite, surpreenderam os cinco reis e seus exércitos cedinho na manhã seguinte.
O ataque-surpresa confundiu os exércitos cananeus. Os soldados tentaram fugir. Eles desceram pelo desfiladeiro de uma montanha, com os soldados israelitas atrás deles. Para ajudar os israelitas a lutar, Deus enviou uma tempestade de pedras gigantes para deter os soldados inimigos. Josué estava comandando seus soldadas do topo de uma montanha. Ele viu os soldados inimigos tentando se esconder nas montanhas. Quando Josué olhou para o céu, viu que o dia estava quase terminando. Como eles fariam os soldados inimigos saírem do esconderijo antes de anotecer? O que os israelitas precisavam era de um dia mais longo. Não importa o que você está precisando, se de uma libertação, cura, ou bens materiais, basta está disposto a obedecer a vontade de Deus e lutar contra o inimigo de forma que o mesmo não encontre brecha em nossas vidas, sendo assim podemos dar o grito de vitória. ALELUIA!
Josué sabia que Deus estava com ele e que o ajudaria a fazer o que Ele lhe pedira para fazer. Josué orou de onde os soldados israelitas podiam vê-lo.

Deus respondeu sim à oração de Josué. "O Sol ficou parado, e a Lua também parou." Josué 10: 13, BLH. O dia ficou tão longo quanto dois dias. Israel teve tempo para vencer a luta contra os cinco reis e seus exércitos.
Hoje de acordo com a ciência como já foi abordado acima sabemos que o Sol na realidade não está dando voltas ao redor da Terra. Apenas parece que é assim, mas na realidade é a Terra que está girando. O Sol ficou parado naquele dia mais longo? Entendemos também que Josué usou a linguagem ou conhecimento da época e até hoje muita das vezes nós também usamos a mesma linguagem, por exemplo: “o sol está sumindo, deixa eu ir logo”, “o sol está frio”, o sol está correndo hoje”, etc.
Não sabemos como Deus fez o dia ficar mais longo; talvez a Terra tenha parado. Mas não importa como Deus realizou o milagre que Josué pediu, aquele dia foi diferente de qualquer outra dia em toda a história do mundo!
Josué escolheu fazer o que Deus desejava que ele fizesse. Por isso, Deus realizou um grande milagre. A Bíblia nos diz que "nunca tinha havido e nunca mais houve um dia como esse, um dia em que o Deus Eterno obedeceu à voz de um homem. Isso aconteceu porque o Eterno combatia a favor de Israel". Então podemos cantar: “o Senhor pelejará por nós”, Josué 10:14, BLH.

Bibliografia


Biblia de Estudo Plenitude (ARC)
Aponta mentos do autor
Fontes Teológica
http://www.bradosweb.org/ebd/ebd_licao_1.1.09.html


Comentarista:


Pastor Josaphat Batista - Vice - Presidente da Assembléia de Deus em Camaçari - Bahia Bacharel em Telogia convalidado pelo MEC - Professor de teologia pela ESTEADEC (www.teologiaesteadec.com.br), pós-graduando Docência do Ensino Superior / Relator do conselho de ética do COMEC (conselho de Ministro em Camaçari- Ba / Conferencista – Seminarista – Escritor – Coord. Geral da EBD em Camaçari-Ba Assembleia de Deus – E - mail: prjosaphat@hotmail.com

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Lição 08 - O Perigo do Ardil Gibeonita - Comentarista: Pr. Josaphat Batista

Lição 08 - O Perigo do Ardil Gibeonita - Comentarista: Pr. Josaphat Batista

INTRODUÇÃO

"Então os homens de Israel tomaram da provisão deles, e não pediram conselho ao Senhor. Assim Josué fez paz com eles; também fez um pacto com eles, prometendo poupar-lhes a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento." Josué 9:14 e 15

Conforme vimos nas lições anteriores o povo de Israel estava vencendo as nações residentes em Canaã ao apropriar-se da terra, uma a uma, porque o Senhor os havia orientado a possuí-la e expulsar todos os seus moradores. O rigor que Deus exigia era tão grande, que quando a nação tomasse uma cidade deveria por fogo nela, para que os seus habitantes não voltassem (Js 8:7,8). Em outras palavras Deus não queria aliança do seu povo com as nações pagãs. Não queria nenhum tipo de mistura ou de cumplicidade. Queria um povo separado numa comunhão exclusiva com Ele.

I – ALÉM DE NÃO CONSULTAR A DEUS, FALTOU-LHE O DISCERNIMENTO.

Nesse contexto, surge um estratagema dos gibeonitas, povo residente em Canaã, que sabendo da ordem que Deus havia dado "buscou confundi-los e ganhar-lhes a alma e o coração", a fim de estabelecerem uma unidade com os filhos de Israel: "Vestiram-se de mendigos, fingiram vir de uma nação longínqua, trazendo pão bolorento e simulando uma história melodramática." (Js 9:11 a 12). "Tendo nos seus pés sapatos velhos e remendados, e trajando roupas velhas; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento."


Veja só: Com pena dos amigos recém chegados "de longe", a nação abre a alma e escancara o coração para os vizinhos simuladores, caindo no "conto do vigário", e, desobedecendo a orientação do Senhor, faz uma aliança com o estranho à sua comunidade! E tomam tal atitude sem consultar a Deus, apenas ao seu próprio coração, que facilmente enganado, tornara-se presa fatal dos que tratam, com sutileza, os sentimentos alheios. Ao descobrir o plano maquiavélico dos gibeonitas, Josué fica furioso, mas com uma irritação tardia, pois o contrato já havia sido feito, o pacto selado e a aliança estabelecida. Agora restava tão somente a Israel, administrar a aliança mal feita, sem a orientação Divina (Js 9:22 e 23). A partir daquele dia, segundo o texto bíblico de Josué 9:27, os gibeonitas viveriam na mesma casa, sobre o mesmo teto, comendo e bebendo as mesmas coisas com os israelitas, pois fora feito um casamento, sem a bênção do Senhor; melhor, sem o Seu consentimento!


Meu Deus! Quantos até mesmo dos nossos irmãos estão fazendo o mesmo, não consultam a palavra de Deus e fazem aliança com todo tipo de pessoas que aparentemente se dizem verdadeiros cristãos, mas não passam de nuvens sem águas levadas pelo vento, é como a moinha que o vento espelha, trajam uma falsa piedade e muitas das vezes são ovelhas vestidas de lobos devoradores. Precisamos nesses últimos dias de buscarmos mais e mais o Dom do discernimento que ultimamente se faz necessários nessa última hora da Igreja onde muitos tem se infiltrado em nosso meio com o pretexto de enganar os escolhidos de uma vez que “esses” falsos crentes já vivem no verdadeiro auto-engano. É baseado neste mesmo princípio que o Novo Testamento orienta-nos contra as ligações perigosas: " Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?" (II Co 7:14 a 16a).

Para o autor sagrado, o jugo desigual, significava a união mais íntima, a sociedade mais comprometida e a comunhão cúmplice que adotamos com os que não pertencem a comunidade dos salvos. Era, na sua imagem, o comer o pão bolorento e o partilhar das vestes desgastadas dos que não pertencem a nossa gente, como ocorreu com os israelitas diante do engodo dos gibeonitas. Naquela ocasião, como hoje, o método do inimigo é o mesmo: Apelar para um coração aberto demais, que permite que sentimentos altruístas e amorosos falem mais alto que a Palavra do Senhor! É por isso que a Palavra nos exorta com os seguintes questionamentos: Que tipo de Sociedade há entre a justiça e a injustiças nos contratos consensuais pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução de um fim comum? Se a justiça aponta para um lado e as trevas para outro?

Que comunhão há da luz que as trevas posto que comunhão significa a participação em comum de crenças, interesses ou idéias? E que harmonia pode haver entre Cristo e Belial (os filhos do mundo)? Uma vez que a harmonia é a expressão absoluta da ordem, do acordo e da conformidade entre os que têm a Deus como pai e os que são filhos do malígno? A resposta a estas perguntas tem uma única resposta: Nenhuma! Isso mesmo, buscar sociedade, comunhão e harmonia com os que não pertencem a comunidade dos fieis é estabelecer ligações perigosas, das quais não se pode sair tão facilmente.

II – O PERIGO DE NÃO CONSULTAR A DEUS
Texto: Josué 9

Este texto narra o encontro dos heveus gibeonitas com os israelitas. O povo de Josué foi envolvido por uma ardilosa artimanha dos gibeonitas e, face a ingenuidade, fizeram aliança com aquele povo cananeu. Sobre Gibeão, a cidade destes que enganaram os israelitas, há uma referência em Js 10:2, descrevendo-a como uma das grandes cidades de Canaã. Nos versos 4 e 5, a Bíblia narra que os gibeonitas usaram de astúcia: se fingiram de embaixadores, tomaram sacos velhos sobre seus jumentos, odres de vinho velhos, rotos e recosidos, trajaram roupas velhas e portaram pão seco e bolorento. Todos os cuidados visaram convencer os israelitas de que eram embaixadores de uma terra longínqua. A finalidade era garantir a sobrevivência do seu povo frente aos devastadores israelitas que, com a força do Senhor, eram imbatíveis.


1) Cuidado com os bajuladores


Foi com elogios e bajulações que os gibeonitas conseguiram ludibriar a Josué e seu povo. No verso 9, temos: “teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor teu Deus, porquanto ouvimos a sua fama, e tudo o que fez no Egito...”.
Bem que a Palavra de Deus nos alerta: “O homem é provado pelos louvores que recebe” (Pv 27:21).
A estratégia dos gibeonitas é fartamente utilizada pelo inimigo do povo de Deus. A soberba precede a ruína; o próprio Satanás experimentou isto!
O testemunho que o apóstolo Paulo nos deu em II Coríntios 12:9, podemos dizer, é uma vacina contra a ação dos bajuladores e da nociva soberba. O apóstolo se disse vacinado pelo “espinho na carne” para não incorrer no erro de sentir-se forte sem Deus.


2) A falsa aparência engana


A Palavra de Deus relata que Josué fez um pacto de paz com os mensageiros gibeonitas, pensando que eram embaixadores de uma terra distante (v. 15). Somente três dias depois, conta a Bíblia, “ouviram que eram vizinhos e que moravam no meio deles” (v. 16). Josué e todos os israelitas foram enganados e não havia como voltar atrás! Igualmente, hoje, há crentes caindo em ciladas e atraindo para si prejuízos que muitas vezes são irremediáveis.
O verso 14 resume o erro de Josué: “então os homens de Israel tomaram da provisão deles, e não pediram conselho ao Senhor”.
Longe de nós agirmos com tanta presunção! Lembre-se do alerta que o Senhor Jesus nos deu em Lucas 16:8: “...os filhos deste mundo são mais sagazes para com a sua geração do que os filhos da luz”.


3) Prevenir é sempre melhor do que remediar!


O adágio popular contém sabedoria: prevenir é sempre melhor do que remediar. Há situações para as quais não há remédio. Há prejuízos que não podem jamais ser cobertos. O relato de Josué 9 acrescente no verso 27 que os judeus continuaram pelas gerações que se sucederam convivendo com as conseqüências daquela aliança.
Você se lembra da história do rei Uzias, de Judá? O resumo de seu reinado está no capítulo 26 de 2 Crônicas. No verso 5, encontramos que “enquanto buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar”. Este é o segredo para a prosperidade: buscar ao Senhor.
No verso 16, encontramos a informação de que Uzias não soube lidar com a prosperidade: “mas, quando ele se havia tornado poderoso, o seu coração se exaltou de modo que se corrompeu, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus.”.
O final da história de Uzias bem retrata o montante de prejuízos que a rebeldia contra Deus pode acarretar para a vida de um crente: “Assim, ficou leproso o rei Uzias até o dia da sua morte...”.
Louvado seja o nosso Deus que nos oferece alertas como este na Sua Palavra. Deixe que o Espírito Santo utilize esta mensagem para “vacinar” sua vida contra esta “síndrome”.


III – O PERIGO DO ENGANO


O que é ser enganado? É, por um raciocínio ou argumentação traiçoeiramente falsa, ser tragicamente: atraído-engodado (como rato a comer queijo envenenado, na ratoeira...), “enrolado”, desanimado-impedido, ou corrompido-cegado-desviado-atrasado.
2 Cor 11:3 Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
Exemplos: Satanás envenenou + tentou + engodou a Eva. Tenta fazer o mesmo conosco; E, como leão velho, aterrorizar-nos. Gibeonitas, com pão borolento, enganaram Israel. Dalila, fingindo amor, seduziu e dobrou Sansão. Amom, fingindo doença, enganou irmã. Sambalate tentou enganar, intimidar e derrotar Neemias. Ananias e Safira tentaram enganar a Deus e Pedro.

Ser enganado caracteriza-se por:

1. Apressadamente saltarmos a conclusões, posicionamentos, decisões e ações, ao ouvirmos um relato, uma venenosa semente de dúvida, uma deslumbrante promessa/tentação, etc., que ainda é: (a) incompleto, parcial; ou (b) sem comprovação induvidável.


Conselho

- Nunca aceite, nunca se posicione, nunca salte para a menor conclusão - decisão - ação, antes de comprovar, além da menor sombra de dúvida, que:

Quem lhe transmitiu o relato-ensino é totalmente confiável; e
O relato-ensino é absolutamente verdadeiro Pv 25:2; e
O relato-ensino é absolutamente completo. Pv 18:13; 18:17; 20:25; Tg 1:19.
- Em assuntos religiosos, “sola Scriptura” é nosso fio de prumo! (At 17:11; 2 Co 11:14-15; Gl 1:8; Cl 2:4,8), não experiências, não tradições da denominação-igreja-família (Mt 15:3,9), não amigos (Js 24:15); não sentimentos do coração (Jr 17:9).
- Quanto mexericos: Gentil mas firmemente, recuse ouvir 1 seg. da menor fofoca da qual você nem é a vítima, nem parte decisiva na solução. E o pouquinho que ouviu antes de silenciar a fofoca, não o repita (Pv 17:9) [nem para sí próprio!], nem sequer pense nele: esqueça-o completamente! Evite o mexeriqueiro Sl 101:7.
Mesmo que você seja vítima ou parte decisiva da solução de um problema que lhe trouxeram, evite tirar a menor conclusão e tomar qualquer posição antes de: ouvir todas as testemunhas oculares e dignas de toda confiança; e ouvir todas as partes envolvidas, suas versões e motivações. Pv 18:17. E, com oração e preparo espiritual e na Palavra (Gl 6:1), trate diretamente com o ofensor Pv 25:9; Mt 5:23-25.

2. Imaginarmos que os motivos dos outros para conosco são negativos (ou positivos), e prosseguirmos escalando na especulação, chegando mesmo a conclusões e ações erradas.


Conselho: Resista tenazmente, rejeite radicalmente a tentação de imaginar ou especular. Reconheça-a como ataque direto de Satanás sobre você! (Jo 8:44; Ap 12:10; 20:3). Quando tentado a especular - volte suas mente e emoções para o Senhor (Fp 4:8). Resista e vença dizendo-se versículos bíblicos apropriados (Sl 119:11) e cantando hinos-salmos-cânticos também apropriados Ef 5:19; Cl 3:16. Ver seção 1.10.

3. Ouvirmos alegadas experiências e logo as aceitarmos e as projetarmos na nossa experiência, como se verdadeiras e nossas fossem.
Conselho Nunca esqueçamos que: Experiências podem ser mentirosas ou sinceras. Estas, sinceras, podem ainda ser falsas, pois podem ter causas fisiológicas, emocionais, psicológicas e demoníacas (Ex 7:10-12; Jr 29:8-9; Mt 24:24; 2 Ts 2:9-11). Assim, experiências, mesmo nossas (Jr 17:9), são duvidosas. O teste seja a Palavra!

4. Raciocinarmos sob o controle dos nossos sentimentos (Jr 17:9), e não da Palavra e da lógica espiritual, e dos bons conselhos.

Conselho Pv 3:5-6. Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.
6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.


5. Permitirmos e aceitarmos lisonja Pv 26:23; 28:23; 20:19.

é como disse o sábio salomão: Pv 26.28. Conselho: A língua falsa aborrece aquele a quem ela tem maravilhado, e a boca lisonjeira opera a ruína.


IV – CUIDADO! ELES SE VESTEM DE OVELHAS


Uma terceira pressuposição, por trás da advertência de Jesus contra os falsos mestres, é que eles são perigosos. Estes pseudo-profetas não são só indivíduos momentaneamente desencaminhados. Eles são corruptos até o âmago, falsos na própria essência de suas vidas espirituais (". . . por dentro são lobos roubadores"). Como o príncipe bestial que os domina (1 Pedro 5:8), seu propósito não é servir, mas devorar. Eles não nutrem seus seguidores, eles os consomem (Atos 20:29-30; 2 Pedro 2:3).
Mas o perigo real destes falsos profetas está em seu habilidoso engano. Eles chegam vestidos de ovelhas. Seu verdadeiro caráter e intenção estão sempre ocultos por uma aparência de piedade. Eles se fazem passar por discípulos. O ignorante e o desprevenido que tratam descuidadamente com superficialidades estão destinados a serem enganados por estes espertalhões que, longe de serem abertamente carnais e repulsivos, são, como Paulo os descreve, religiosamente atraentes (2 Coríntios 11:13), experientes na vida (Colossenses 2:8) e encantadores (Romanos 16:17-18). Eles são justamente o tipo de pessoa que levaria os observadores superficiais a perguntar como estes professores bons, sinceros e instruídos poderiam estar errados. Se quisermos andar em segurança no caminho estreito, não é suficiente sermos sinceros; temos que ser prudentes, também (Mateus 10:16).


"Pelos seus frutos os conhecereis . . ." (Mateus 7:16). A advertência do Senhor sobre os falsos profetas com certeza iria levar um arrepio de medo através dos corações dos discípulos. No mundo, o reino de Deus tinha muitos inimigos. Isto não era novidade. Mas havia uma ameaça que vinha de dentro, de seus próximos e íntimos camaradas! Como poderiam eles saber em quem confiar? Como distinguir o falso do verdadeiro? O medo dos pseudo-discípulos tem levado alguns cristãos à paranóia. Eles percebem falsos mestres atrás de cada moita e estão constantemente numa disposição de ânimo interrogativo e investigativo. Mas não há nada nas palavras de Jesus que deveria tornar seus discípulos num temperamento suspeito, até mesmo cético, com todos os seus irmãos. É ao nível do fruto que estes julgamentos têm que ser feitos e não antes que o broto surja fora da terra. Como diz Bonhoeffer: "Não há necessidade de ir espiar dentro dos corações dos outros. Tudo o que necessitamos fazer é esperar até que a árvore produza fruto, e não teremos que esperar muito tempo" (O Custo do Discipulado, página 146).


Por esta razão não precisamos hesitar em ser justos com os professores que atravessam nosso caminho, dando-lhes o benefício da dúvida até que as circunstâncias estejam claras. Isto não nos tornará confiantemente simples ou nos tornará em carne fresca para cada enganador. O fruto revela a árvore no tempo certo. E parece melhor ser momentaneamente enganado por um lobo ocasional do que estar constante e impetuosamente tentando arrancar a lã de cada uma das ovelhas do senhor. Ainda, julgamentos terão que ser feitos e advertências emitidas quando chega a colheita do fruto dos falsos mestres. Ainda que a proibição do Senhor de julgar os outros (Mateus 7:1) elimine um julgamento duro e injusto, ela certamente não proibe a examinação dos professores e dos assim chamados profetas. Os espíritos têm que ser provados para determinar "se procedem de Deus" (1 João 4:1). O conselho do Senhor aqui não é o mesmo que na Parábola do Joio (Mateus 13:36-43). Ele não tem nada a ver com fazer o julgamento divino final dos homens e portanto não precisa ser reservado para Deus e a vida futura. Jesus está simplesmente dando conselho prudente sobre como os falsos mestres podem ser reconhecidos e evitados. Os eventos do dia-a-dia os revelarão. Todos os disfarces cairão, finalmente. As pretensões não podem ser mantidas para sempre. As árvores darão fruto.


Mas qual será a natureza do engano destes profetas e qual é o fruto pelo qual eles têm que ser provados? Os falsos profetas da era do Velho Testamento eram homens dos quais todos falavam bem (Lucas 6:26). Sua pregação era sempre confortante, mesmo quando as circunstâncias exigiam advertência e repreensão (Jeremias 6:14). Eles profetizavam mentiras (Jeremias 27:9-10), mas eram sempre mentiras atraentes que serviam a seus próprios propósitos egoístas (Miquéias 3:11).
A advertência presente de Jesus revela que as coisas não devem ser diferentes na era do evangelho. Os falsos profetas haveriam de falar mentiras intencionais (1 Timóteo 4:2), de modo a atender aos fregueses que buscam enganos confortantes (2 Timóteo 4:3-4). Descuidados das reais necessidades do povo de Deus, estes professores lhes diriam o que eles queriam ouvir. Tais pregadores provavelmente farão pouca ou nenhuma menção à justiça de Deus, o horror ao pecado, a necessidade do verdadeiro arrependimento, ou ao inferno (Atos 24:25). Eles não declararão "todo o desígnio de Deus" (Atos 20:27). Não haverá "caminho apertado" em sua pregação.


Mas qual é o fruto destas "árvores corruptas"? O próprio fato de que eles são chamados "falsos profetas" mostra que o fruto de suas bocas é corrupto, falso. Seu ensinamento não passará no exame da palavra de Deus (Atos 17:11). Mas desde que a boca fala "do que está cheio o coração" (Mateus 12:34), o mal na nascente vai revelar-se tanto no caráter como no ensinamento. A melhor defesa contra estes enganadores é amar o Senhor supremamente e apreciar sua palavra. Aqueles que estão sinceramente procurando o caminho apertado e a porta estreita não serão arrastados por estes hipócritas egoístas.


V – O PERIGO DO ENGANO DE SI MESMO


Já falamos brevemente sobre o sério engano de si mesmo, necessário a levar os homens e mulheres religiosos indisporem-se com o Filho de Deus, até mesmo quando ele se senta em seu trono de julgamento. Mateus 7:21-23 não descreve pessoas que estão fazendo um jogo consciente. A presença de Deus em sua glória teria a tendência para tirar o apetite de um homem pela presunção. O que estes versículos revelam é a capacidade de um ser humano para ocultar de si mesmo seus próprios motivos e escolhas. A questão importante que eles levantam é: como entramos em tal estado de engano de nós mesmos e como podemos evitá-lo?


A revelação nestes versículos, de que o dia do julgamento será um dia de surpresas, não é pouco assustadora. Não saberão os homens, no âmago dos seus corações, que não têm sido fiéis ao Senhor? Como não puderam eles perceber sua desobediência? Eles não foram pessoas ignorantes, estranhas ao evangelho do reino. Como eles puderam não saber? A resposta: o engano de si mesmo. O engano de si mesmo é baseado na justificação de si mesmo, o uso do padrão errado pelo qual julgar-se (Lucas 16:15; 18:9-17), ou o simples fracasso na utilização do padrão verdadeiro (a palavra de Deus). A seriedade da ameaça que isso representa para os que buscam o reino de Deus é evidenciada pelo número de advertências contra ele. Paulo diz que os homens enganam-se a si mesmos quando pensam serem sábios ou imaginam serem alguma coisa, quando não são nada (1 Coríntios 3:18; Gálatas 6:3). Orgulho e vaidade podem levar uma pessoa a acreditar em mentiras sobre si mesma, que ela própria contou. Tiago, em seu modo muito direto, adverte que é uma pessoa enganada por si mesma quem pensa que terá mérito só por ouvir a palavra de Deus, que ela nunca pratica, e ilustra seu ponto com o homem que se considera muito devoto, enquanto não exerce nenhum domínio sobre sua língua (1:22,26).

Muita freqüência na igreja pode dar falsa segurança àqueles que preferem falar sobre religião verdadeira em vez de vivê-la. Pregar sólida doutrina não faz, necessariamente, uma pessoa piedosa. Finalmente, João admoesta que quando negamos que haja qualquer pecado em nossas vidas, estamos mentindo a nós mesmos (1 João 1:8). A dor psíquica de confessar o fracasso nos leva freqüentemente a procurar cobertura para nossos pecados no ativismo religioso, em vez do arrependimento e confissão. E por que os homens trabalham tão diligentemente para convencer não só aos outros, mas a si mesmo, desses mitos sobre seu relacionamento com Deus? Porque eles acham a verdade que Deus lhes disse totalmente sem atrativo e, determinados a rejeitá-la, não querem suportar a dor de viver com uma consciência constantemente dolorida e acusadora (2 Tessalonicenses 2:10-12; 1 Timóteo 4:1-2). Algo tem que ser encontrado para encher o vazio e justificar sua desobediência.


Uma visão distorcida da "justificação pela fé" tem sido um subterfúgio popular. Em síntese, esta abordagem afirma que Cristo não tem interesse em como se vive, mas somente em como se sente. Deste ponto de vista, uma cuidadosa preocupação com a obediência aos mandamentos de Deus é vista como uma negação da graça de Deus e uma rejeição do evangelho. Às vezes, é quase o eco do espírito libertino que Paulo condena em Romanos 6:1-2: "Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?" Quanto mais os proponentes desta idéia são reprovados por sua transgressão da vontade divina, mais eles declaram sua confiança na graça de Deus e no poder de sua fé. Mas isto não é fé em Deus, "mas fé na fé", um "fé-ismo" para servir a si mesmo. Certamente que somos justificados pela fé, mas uma fé que se manifesta pela obediência aos mandamentos de Deus (Lucas 6:46; João 14:15,21,23; 15:10,14; Gálatas 5:6; Tiago 2:14-26). Esta é, claramente, a mensagem do Sermão da Montanha.


Outro freqüente disfarce para a desobediência é "o fim justifica os meios." Que diferença faz o modo como foi feito, é o argumento, desde que o resultado positivo é conseguido. Esta pode ter sido a lógica de Davi, quando mudou a arca da Aliança para Jerusalém. O fim era bom, mas o meio foi rejeitado dramaticamente (1 Crônicas 13:1-14; 15:1-15). Foi certamente o pensamento de Saul, quando ele desobedeceu a Deus, na matança dos amalequitas. Poupar os melhores animais (uma transgressão) foi justificado como um meio de adorar a Deus (1 Samuel 15:15). Deus não se impressionou (15:22-23). Se há um ponto claramente afirmado no Sermão da Montanha, e há muitos, é que no reino do céus meios e fins são o mesmo. Meios divinamente escolhidos são adequados a fins divinamente escolhidos. Meios errados subvertem fins certos. A desobediência nunca pode produzir o coração submisso e confiante que nosso Senhor tanto deseja. Mas, como poderemos escapar desta tendência humana pelo engano de si mesmo? Aproximando-nos das Escrituras com nossos corações dados a Deus e não com um interesse acadêmico ou institucional. Temos que enfrentar o que o Filho de Deus realmente disse, não importa que isso seja custoso, ou penoso, ou fora de moda. E então, à clara luz do ensinamento de Deus, temos que nos engajar constantemente no mais sincero sondar dos nossos próprios corações (2 Coríntios 13:5). Sem exame próprio, o engano de si mesmo é inevitável. Temos que perguntar-nos não somente se o que estamos fazendo está de acordo com a vontade de Deus, mas se o estamos fazendo pelo amor de seu Filho. Muito do que é feito "em nome de Cristo" é executado para a glória dos homens. Como é imperativo a nós o espírito de Davi: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmo 139:23-24).


CONCLUSÃO

A Bíblia nos adverte para não sermos enganados pelos “Gibeonitas da vida” que estão por aí vagando, procurando acomodação e estômago para empurrar os seus pães bolorentos e fazerem as suas vítimas! Mas o sangue de Jesus nos garante a vitória! Precisamos investir muito na área do ensino da palavra de Deus, pois os cristãos usam sempre a própria palavra de Deus como fez o diabo para tentar a Cristo (Mt 4: 1-11).
E esse tipo de atitude se aplica a muitas realidades: desde uma simples amizade que produz uma cúmplicidade perigosa e envolvente, ou uma sociedade mais íntima e por vezes ilegal, com determinado grupo social, até as relações amorosas, que podem prometer um futuro bonito, mas que lá na frente vão produzir pães bolorentos e vestes rotas debaixo de um mesmo teto, sob o pretexto de um coração sensível ao amor, que à rigor tornou-se frio para com o apelo da Palavra de Deus. Com certeza, para os que assim procedem, a possibilidade do vinho faltar ou as vestes envelhecerem mais rápido são muito maiores!

Pense nisso seriamente, meu irmão e consulte ao Senhor em todas as suas iniciativas e planejamentos, para não se arrepender quando for tarde demais, e ter que comer o pão bolorento para o resto de sua vida!

Bibliografia

Bíblia de Estudo Plenitude (ARC)
Dicionário “Aurélio”
Apontamentos Teológicos

Estudos Bíblicos
estudosdabiblia.net
©2009 Karl Hennecke, USA
http://aguaviva.biz/ao/index.php?option=com_content&task=view&id=75&Itemid=26
http://bompensar.blogspot.com/2008_06_15_archive.html
http://www.pregaapalavra.com.br/mensagens/prejuizos.htm

Comentarista:


Pastor Josaphat Batista - Vice - Presidente da Assembléia de Deus em Camaçari - Bahia
Bacharel em Telogia convalidado pelo MEC - Professor de teologia pela ESTEADEC (www.teologiaesteadec.com.br), pós-graduando Docência do Ensino Superior / Relator do conselho de ética do COMEC (conselho de Ministro em Camaçari- Ba / Conferencista – Seminarista – Escritor – Coord. Geral da EBD em Camaçari-Ba Assembleia de Deus – E - mail:
prjosaphat@hotmail.com

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O Púlpito é Responsável

O púlpito é responsável
Dave Welch

Por milhares de anos, profetas, sacerdotes e pastores serviram como voz de prestação de contas espiritual, moral, cultural e governamental diante das leis e soberania de Deus. Os líderes evangélicos durante a era colonial dos Estados Unidos eram conhecidos como o "Regimento Negro" e eram temidos pelos britânicos por seu papel no nascimento do fogo da liberdade. Pastores como Lyman Beecher, Charles Finney e centenas de outros entre seus colegas de ministério provocaram as chamas dos movimentos pela abolição da escravidão, pela proibição de bebidas alcoólicas e bares de prostituição e pela justiça racial.

Poderíamos fazer uma lista de muitos nomes e situações de pastores que assumiram a responsabilidade pela condição de seu rebanho, sua comunidade e sua nação. Contudo, há mais ou menos 100 anos começou um novo "gnosticismo", uma antiga heresia declarando que só o que é espiritual tem valor e que as todas as coisas físicas são malignas.
O historiador cristão Timothy Paul Jones descreve a distinção que expõe a mentira do gnosticismo: "Como cristãos, a salvação não é um retiro espiritual do mundo físico. É uma renovação que une e restaura ambas as esferas". Nossa salvação traz esperança de redenção para todos os aspectos da criação física e da ordem criada.
Desde o primeiro século cristão, o mandato cultural dado por Deus para seus administradores em Gênesis foi aceito para significar que tudo na terra está debaixo da soberania de Deus, debaixo de nossa administração e, portanto, "nossa responsabilidade". À medida que ensinamentos falsos se infiltraram no século passado, a igreja entrou num período em que fez separação entre o sagrado e o secular, uma separação que escancarou a porta para muitos tipos de males.

No livro "The Late, Great Evangelical Church" [A Outrora Grande Igreja Evangélica], de autoria de C. Vaughn Doner, um teólogo nacionalmente renomado, e do especialista bíblico Dr. Jay Grimstead, os autores declaram: "A ausência de credos deliberados no Protestantismo americano… sua ignorância dos ensinos das Escrituras, sua preocupação com o milenialismo, seu preconceito anti-sacramental e anti-eclesiástico são todos indicadores de uma cosmovisão essencialmente gnóstica".

Isso realmente importa enquanto "pregamos Jesus crucificado e ressurreto"?
Pela graça de Deus, há muitos pastores e teólogos que diriam que o Cristianismo é muito mais do que só pregar a mensagem da salvação, fazer estudos da Bíblia e aguardar o arrebatamento. Entre eles estava o legendário evangelista do primeiro Grande Despertamento, Charles G. Finney, que escreveu no livro "
The Decay of Conscience" [A Deterioração da Consciência] em 1873:

"Irmãos, nossa pregação produzirá seus frutos legítimos. Se a imoralidade prevalecer na nação, a culpa é em grande parte nossa. Se está havendo uma deterioração da consciência, o púlpito é responsável por isso. Se a imprensa pública não possui discernimento moral, o púlpito é responsável por isso. Se a igreja está depravada e mundana, o púlpito é responsável por isso. Se o mundo está perdendo seu interesse no Cristianismo, o púlpito é responsável por isso. Se Satanás governa nos lugares onde se criam leis, o púlpito é responsável por isso. Se a política se tornou tão corrupta que os próprios fundamentos do governo estão prontos para se desfazer, o púlpito é responsável por isso. Não ignoremos esse fato, meus queridos irmãos, mas meditemos nisso, e sejamos plenamente despertos para a nossa responsabilidade com relação ao estado moral desta nação".

O nascimento e crescimento de muitos ministérios de reforma social com base em Cristo como Prison Fellowship, Samaritan's Purse e milhares de outros em décadas recentes é certamente positivo. Esses ministérios têm produzido explosões reais de trabalhos a nível de rua para servir grandes necessidades no nome de Cristo. A maioria dos pastores evangélicos agora aceita a premissa de que devemos cuidar dos sofredores e necessitados tanto na igreja quanto na comunidade — embora dê para fazer muito mais.
Em que estado nos veremos se realmente aceitarmos, dissecarmos e aplicarmos a declaração do Rev. Finney, e medirmos nossa nação nas categorias de:

* A imoralidade prevalecendo no país;

* A deterioração da consciência — mentes reprovadas;

* Falta de discrição moral pública — relativismo moral;

* Igreja depravada (mundana);

* Interesse decrescente no Cristianismo bíblico entre os que estão dentro e fora das igrejas:

* Satanás dominando nas esferas legislativas;

* Políticos corruptos ameaçando os fundamentos do governo.

Estamos doentes, e os púlpitos são em grande parte culpados. Não é com certeza porque temos falta nos púlpitos de grandes homens, personalidades e empreendedores. Qual, então, é a raiz do problema?

Os pastores precisam voltar ao chamado de fazer discípulos e ensinar as pessoas "tudo o que lhes tenho mandado" (Mateus 28:18-20) a frente da igreja como sempre. Pregue a Palavra de Deus direta, em vez de contar estórias temperadas com alguns versículos. Isso esvaziará alguns bancos? Sem dúvida. Isso tornará você mais popular e um ídolo? Muito provavelmente, não. Isso restaurará o poder de Deus à igreja e trará cura ao nosso país? Assim sempre foi.

Estamos num ponto em que milhares de pastores nos Estados Unidos precisam aceitar o desafio e avaliar com sinceridade se estamos aceitando o mandato pleno em todas as áreas mostradas acima e prover a liderança "ofensiva" que a igreja tão desesperadamente precisa. O custo de não agir assim já pode ser medido em vidas estraçalhadas e uma nação fraca.

Nosso Deus requer mais e nosso povo merece o melhor. Por isso, vamos fazer nossa parte!

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com Fonte: WND
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Lição 07 - Da Derrota a Vitoria - Comentários. Pr Josaphat Batista


Da Derrota a Vitoria/ Josaphat Batista / Publicado em 13 de Fevereiro de 2009 as 17:25:47 PM/ Complementos: Pr. Josaphat Batista / Criação e Produção: Marcos A. A Lima




INTRODUÇÃO


"A arte de vencer se aprende nas derrotas."

Ao estudarmos esta lição sobre a derrota e vitória de Israel, percebemos que o Sucessor de Moisés não estava acostumado a perder, mas sim, enfrentar barreiras e vencer. Agora Josué e o povo se encontram diante de uma tamanha vergonha por não vencer uma pequena cidade, ao não ser que fosse revelado o transgressor e o mesmo fosse destruído.





No capítulo 8 (oito) do livro de Josué está bem claro que o Senhor reanima os ânimos do líder do povo. Ao lermos esta passagem, lemos sobre a derrota de um homem que havia recebido de Deus a promessa de que, onde quer pusesse as plantas do seus pés, esta terra lhe seria dada por possessão. Esta derrota estava acontecendo logo agora quando Israel vinha de uma grande vitória sob o comando de Josué. Deus havia entregue a Josué a cidade de Jericó.



Certamente Josué fica pensando: e agora? realmente o que está acontecendo? Josué fica perplexo, não consegue acreditar. Será que Deus se enganou? Será que Deus não é assim tão fiel? Deus não cumpre o que promete? Toda aquela terra não seria dada a Israel por possessão? Para todas esses questionamentos a resposta é: não!(Josué 8:1-2). Toda a estratégia da batalha partiu do Senhor dos Exércitos. Da mesma forma que foi feito em Jericó, estava acontecendo com a cidade de Ai. Não temos dúvida que quando as estratégias vem do Senhor a vitória é certa e garantida. Podemos ir para a batalha seguros porque Deus já foi adiante. Outrora a derrota agora a vitória. A luta será inglória e extremamente cansativa e sem resultados se quisermos fazer por nós mesmos sem a orientação de Deus. É como diz o texto áureo da nossa lição que o cavalo prepara-se para a guerra, mas do Senhor vem a vitória (Pv 21:31) ALELUIA!


OS PENSADORES E A DERROTA


Até mesmo uma derrota pode se tornar vitória se você conseguir aprender algo com ela.”


Derrota é o ato de ser vencido; perde em algum quesito que determine a vitória de seu adversário.


"A maior prova de coragem é suportar as derrotas sem perder o ânimo"


Não há derrota que não tenha um significado e não represente também uma culpa". - Stefan Zweig




I – ISRAEL SAI DE ENCONTRO A CIDADE DE AI.LEIA! Josué 8


A destruição de Ai
1-2 - Então o Senhor disse a Josué: Não tenhas medo, nem te desencorajes. Leva o exército todo e avança contra Ai, porque agora hás-de conquistá-la. Entreguei-te o rei de Ai, assim como todo o seu povo, nas tuas mãos. Farás com eles como fizeste a Jericó e ao seu rei, mas desta vez poderão guardar o que tiver sido saqueado, mais o gado, para vocês. Ponham uma emboscada por detrás da cidade.-


3-4 - Antes que o grosso do exército se deslocasse para Ai, Josué enviou trinta mil dos seus soldados mais valentes para se emboscarem, mesmo atrás da cidade, preparados para entrarem em acção.


5-8 - É este o plano, explicou-lhes. Quando o exército atacar, os homens de Ai virão combater-nos como fizeram antes, e nós fugiremos. Deixá-los-emos perseguirem-nos até que todos tenham abandonado a povoação; porque hão-de pensar assim, 'Os israelitas estão a fugir de nós, tal como fizeram antes!' Será então a altura de vocês saírem da vossa emboscada e de entrarem na cidade, porque é o Senhor quem vo-la dá. Ponham fogo a tudo; é a ordem do Senhor. São estas as instruções que terão que cumprir.


9-13 - Assim aquele batalhão de soldados especiais partiu de noite e emboscou-se entre Betel e o ocidente de Ai. Mas Josué e o resto do exército permaneceu no acampamento em Jericó. Na manhã seguinte logo muito cedo Josué despertou os seus homens e partiu para Ai, acompanhado dos anciãos de Israel, e parou à entrada do vale que está a norte da cidade. Ainda durante a noite, Josué tinha mandado mais cinco mil homens- além dos outros trinta mil- para se juntarem às tropas emboscadas a oeste da povoação. Ele próprio passara a noite no vale a norte da cidade. P

14-17 - O rei de Ai, vendo os israelitas espalhados nesse vale, saiu logo e atacou-os na planície de Arabá. Não se deu conta de que havia uma emboscada por detrás da povoação. O exército israelita com Josué no comando fugiu em direcção do deserto como se já estivesse a ser derrotado por eles; por isso todos os combatentes da povoação foram chamados a perseguirem-nos, deixando-a dessa forma sem defesa. Não ficou um só soldado em Ai, nem sequer em Betel, e as portas da cidade ficaram abertas de par em par.


18-23 - Então o Senhor disse a Josué: Aponta a tua lança em direcção a Ai porque ta darei. Josué obedeceu. E quando os homens da emboscada viram aquele sinal saltaram dos esconderijos e lançaram-se sobre a cidade, pondo-lhe fogo. A gente de Ai voltou-se e viu o fumo da sua cidade escurecendo o céu, percebendo então que não tinham para onde ir. Josué e os seus soldados ao verem igualmente o fumo do incêndio tiveram a certeza de que os companheiros que tinham ficado emboscados se encontravam já dentro da povoação; então voltaram-se contra os seus perseguidores e começaram a liquidá-los. Os israelitas que estavam em Ai sairam e puseram-se também, da sua banda, a destruí-los, de tal forma que, apanhados entre as duas forças, como numa ratoeira, acabaram todos por morrer; nenhum escapou ou sobreviveu excepto o rei que foi capturado e trazido a Josué.


24 - Quando o exército de Israel acabou de matar os homens todos que se encontravam fora da cidade, voltaram para a povoação e mataram a gente que lá tinha ficado dentro.


25 - Foi assim que a população de Ai, ao todo doze mil pessoas, caiu naquele dia.


26-28 - Porque Josué manteve a sua lança apontada para Ai até que toda a gente tivesse morrido. Somente o gado e o despojo saqueado não foi destruído, pois desta vez os


1- A aliança renovada no monte Ebal


30-32 - Depois Josué construiu um altar ao Senhor Deus de Israel no monte Ebal, tal como Moisés mandara e está escrito no livro das suas leis: O Senhor diz para lhe levantarem um altar no monte Ebal, feito de pedras inteiras e que nunca tenham sido esculpidas. Então os sacerdotes ofereceram holocaustos e sacrifícios de paz ao Senhor sobre o altar. E na frente de todo o povo de Israel Josué gravou sobre as pedras do altar cada um dos dez mandamentos.33 - Todo o povo de Israel, incluindo os anciãos, os chefes, os juízes e os estrangeiros que viviam com Israel, se dividiu em dois grupos, metade pondo-se junto ao monte de Gerizim e a outra metade ao pé do monte Ebal. Entre os dois grupos puseram-se os sacerdotes com a arca, prontos a pronunciar as suas bênçãos. Tudo isto foi feito de acordo com as instruções dadas muito antes por Moisés.34-35 - Josué leu-lhes todo o texto, exprimindo as bençãos e as maldições que Moisés escrevera no livro das leis de Deus. Todos os mandamentos que Moisés tinha dado anteriormente foram lidos perante a assembleia inteira, incluindo mulheres, crianças e estrangeiros que viviam com eles.


2- Uma cidade Bíblica


Ai é o nome de uma cidade bíblica que situava-se na terra de Canaã. O livro de Gênesis diz que o segundo lugar de Canaã onde Abraão edificou um altar a Deus na Terra Prometida teria sido entre Ai e Betel De acordo com o Livro de Josué, Ai estava localizada próxima a Betel e não foi uma conquista fácil, devido à desobediência dos israelitas aos preceitos divinos, o que impôs uma derrota inicial. Com o arrependimento do povo, Josué recebe orientações de Deus para atacar a cidade e vence a batalha.Informa o relato bíblico que, durante a noite, Josué teria enviado um grupo de soldados para o oeste da cidade, onde deveriam aguardar o momento do ataque. Porém, quando o exército de Ai partiu para o ataque, os israelitas que estavam em frente estrategicamente dispersaram-se para distrair o adversário. Então os demais soldados que estavam destacados aproveitaram a ocasião e entraram e Ai e a destruíram.


Quando Josué começou a conduzir Israel, atravessaram o rio Jordão durante o tempo de cheias. Atravessaram no chão seco, com uma parede de água sobre eles como a que tinham atravessado no Mar vermelho. Deus os instruiu a marchar em volta da grande cidade de Jericó. Essa cidade não poderia ser abatida por forças militares, mas Deus a deu a eles sem sequer uma batalha. Os muros caíram, os israelitas entraram, mataram o povo perverso e se apossaram do tesouro da cidade. Deus disse-lhes que o tesouro era sagrado a Ele e para eles amaldiçoado e Ele os mandou a não tocá-lo. Como sempre havia um homem que não queria obedecer a Deus. O nome desse homem era Acã. Roubou uma peça do vestuário babilônica, 200 moedas de prata e uma cunha de ouro, pesando 50 moedas. Acã se apossou dessas coisas por causa de sua cobiça e as escondeu na terra, no meio de sua tenda. Seguramente pensou que ninguém saberia sobre isso, mas Deus sabia.


Por causa do pecado de Acã, Deus julgou Israel. Foram para uma segunda cidade a fim de conquistá-la, uma cidade muito menor e muito mais fraca que Jericó. Entretanto, Deus não os abençoou dessa vez e fugiram de diante dos seus inimigos e 36 israelitas foram mortos. Josué, como um qualquer líder deve durante uma hora dessas, pôs sua face no chão para orar. Deus, entretanto, disse-lhe para levantar-se, porque Israel não seria abençoada até que o pecado de Acã fosse identificado e resolvido. Josué então reuniu Israel pelas tribos e famílias até que Deus revelasse a Josué quem era o homem culpado. Quando Acã foi descoberto, confessou a extensão do seu pecado e disse-lhes onde estava o tesouro. Seguindo a direção de Deus, Josué levou Acã, sua esposa, filhos e todos os seus animais para o vale de Acor e os apedrejou até a morte e depois os queimou. Deus usou essa forte medida para mostrar ao povo o quão errado era o pecado e os seus grandes efeitos. Depois que o pecado foi expurgado, Israel foi de encontro a Ai e teve uma grande vitória.


OBSERVAÇÃO HISTÓRICA:



Parece que nesta região não havia outro centro a ser destruído. Hebrom, que era um grande centro, ficava muito ao sul, e Jerusalém a Leste. Antes de avançar para a norte, era necessário limpar o caminho. Um pouquinho ao norte de Ai ficava o poço de Jacó, que nessa oportunidade estaria sendo usado para os gastos da imensa multidão. Olhando um mapa da Palestina, podemos ver a área ao redor de Jericó limpa, com campos de trigo.


II – O PECADO PROMOVE A DERROTA – O ARREPENDIMENTO A VITÓRIA.(Js 7:13-26)


1- Removendo o pecado


Josué e os anciãos de Israel buscaram uma explicação de Deus. Não era somente o povo que foi envergonhado pelo inimigo, Josué afirmou, mas o próprio nome de Deus seria blasfemado pelos inimigos. A resposta de Deus foi rápida e direta: Israel pecou e, por isso, perdeu a batalha. Mais ainda, Deus prometeu que continuariam perdendo suas batalhas enquanto o pecado continuasse no meio do povo. Deus ordenou que Josué convocasse o povo, no dia seguinte, para descobrir o pecador no seu meio. Acã, um dos soldados da tribo de Judá, havia desrespeitado a palavra de Deus durante a batalha de Jericó (veja Josué 6:18-19). Em vez de destruir as coisas proibidas e entregar os metais preciosos para o tesouro de Deus, ele levou algumas coisas para a tenda dele. Acã escondeu uma capa babilônica, um pouco mais de 2 kg de prata e cerca de 500 gramas de ouro. A conseqüência era gravíssima. Além dos 36 homens mortos na batalha, Acã, toda a sua família e todas as suas posses foram destruídas.


2- Uma batalha diferente


Uma vez que o pecado foi removido, o exército de Israel voltou à batalha. A segunda batalha foi bem diferente. Deus acompanhou o povo e entregou aquela cidade, com todos os seus 12.000 moradores, nas mãos dos israelitas. Por meio dessas duas batalhas, Deus deixou bem claro que as conquistas em Canaã não seriam alcançadas por causa da força militar do povo, mas através da fidelidade espiritual. Deus entregaria os inimigos aos israelitas fiéis, ou entregaria os israelitas infiéis aos inimigos. Tudo dependia da obediência do povo.


3- A derrota de Israel em Ai serve de lições para nós


A derrota de Israel em Ai serve como um exemplo importante para nós. O pecado escondido de uma pessoa custou dúzias de vidas e ameaçou o bem-estar de uma nação inteira. Podemos imaginar Acã ou outros israelitas tentando justificar seu pecado. Um pouco de ouro ou prata faz mal? Tem alguma coisa errada em possuir uma capa importada? O problema não está na coisa em si, mas no fato que Deus havia proibido que os israelitas tomassem qualquer coisa de Jericó. Hoje, pode ser que você não entenda o porquê de algumas regras que Deus nos deu. Faz mal satisfazer algum determinado desejo da carne? Tem problema em tomar uma cervejinha de vez em quando? Prejudica alguém assistir filmes com cenas de sexo? Faz mal alugar fitas pornográficas ou comprar revistas pornográficas? Por que não furtar um pouquinho de dinheiro quando ninguém sentirá falta? Uma mentirinha de vez em quando vai causar problemas? Tais coisas foram proibidas porque Deus falou. Mesmo se não entendermos os motivos dele, devemos respeitar as suas regras (1 João 3:3-10).


4- conseqüências do pecado escondido


Muitas pessoas pensam que o pecado oculto não prejudica ninguém. O caso de Acã mostra que o pecado escondido pode prejudicar muitas pessoas. Acã conseguiu esconder seu pecado de todos, mas Deus o viu (veja Hebreus 4:13 e Efésios 5:11-13). Pense sobre algumas conseqüências do pecado oculto


O pecado escondido tormenta a consciência. A criança com a consciência pesada treme quando os pais a chamam. Provérbios 28:1 diz que o pecador reage da mesma forma: "Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão."


O pecado oculto pode trazer conseqüências terríveis. Por causa do pecado de Acã, 36 famílias enterraram seus filhos, pais e maridos. O povo foi envergonhado, perdendo uma batalha para um inimigo fraco. Será que outras pessoas, até entes queridos, sofrerão por causa do seu pecado escondido? Será que seu erro oculto levará outras pessoas à morte? Um exemplo mostrará que tais conseqüências são possíveis hoje em dia: Quantas mulheres inocentes têm morrido de AIDS por causa do pecado "escondido" do próprio marido?


A iniqüidade escondida destrói o espírito. Considere três versículos do Novo Testamento. Tiago 4:1 fala sobre os"prazeres que militam na vossa carne". É linguagem de guerra, que implica a possibilidade de perder e morrer. 1 Pedro 2:11 explica melhor quando cita "Paixões carnais, que fazem guerra contra a alma". Quando deixamos os desejos da carne dominar as nossas vidas, estamos destruindo a própria espiritualidade. Hebreus 12:17 mostra que podemos ficar tão cauterizados no pecado a ponto de não conseguirmos voltar, arrependidos, para Deus.


5- Aconselhamento Bíblico


A Bíblia sagrada nos adverte mostra-nos a necessidade de certas atitudes para se livrar do erro oculto. Considere estes princípios bíblicos e faça as mudanças necessárias na sua própria vida:


6 - Reconhecer o Auto engano


Reconhecer que o seu pecado escondido está errado. Uma das defesas mais antigas do pecador é de negar o fato do pecado. Se você consegue se persuadir que seu hábito não é pecaminoso, a consciência não vai doer tanto. Mas o padrão que define o pecado é a palavra de Deus, não os desejos e opiniões do homem: "... o pecado é a transgressão da lei" (1 João 3:4). "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Provérbios 14:12). Podemos fechar os olhos à verdade e recusar ouvir a palavra de Deus, mas tal rebeldia não mudará nem um "i" da verdade revelada. "O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Provérbios 28:9).


7. Arrependimento verdadeiro


O homem procura maneiras suaves de tratar o problema do pecado, mas Deus não as aceita. Ele exige o arrependimento verdadeiro, nascido da tristeza segundo Deus (2 Coríntios 7:10). "O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Provérbios 28:13). Para ficar livres do pecado, temos que deixá-lo.


8. Se faz necessário o perdão Divino


O perdão divino é condicionado na confissão do pecador. João escreveu para cristãos que, como todos, tinham seus defeitos. Mas ele não minimizou o problema do pecado. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9; veja, também, Atos 8:20-23).


9. Vença o medo e a timidez


?Se não consegue vencer o pecado sozinho, procure a ajuda de alguém. O Diabo utiliza bem a vergonha do ser humano. A tendência é de pensar assim: "Não posso falar com ninguém, porque outras pessoas vão pensar mal de mim, perder respeito por mim, ou falar para todo mundo sobre o meu problema." É normal sentir vergonha quando revelamos nossas fraquezas e pecados a outros. Quando nos abrimos, tornamos vulneráveis e sentimos desprotegidos. Mas, não seria melhor arriscar a vergonha agora do que passar eternidade banido da presença de Deus (2 Tessalonicenses 1:7-8). Se você não consegue se livrar dos seus hábitos pecaminosos sozinho, peça ajuda. Tiago 5:16 mostra que confessamos nossos pecados a outros porque queremos ser curados: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo." No mesmo contexto (5:14), Tiago diz que os doentes (a mesma palavra, usada outras vezes no Novo Testamento, se refere a pessoas espiritualmente doentes) devem chamar os presbíteros da igreja, os homens responsáveis por instruir e corrigir os cristãos.


10 . Não desanime diante das conseqüências


?Entenda que, mesmo depois de ser perdoada pelos pecados do passado, uma pessoa pode sofrer conseqüências do erro. Davi se arrependeu e foi perdoado depois de cometer adultério e matar o marido da amante (2 Samuel 12:13-14), mas ainda perdeu o filho que nasceu e, depois, mais três filhos. Hoje em dia, há pessoas que morrem de câncer porque fumavam escondidas. Algumas pessoas que nunca revelaram seus problemas com bebidas alcoólicas sofrem, depois, de doenças do fígado. A fornicação e o adultério são descobertos, em alguns casos, por causa de gravidez ou doenças sexualmente transmitidas. Muitas vezes, essas conseqüências vêm depois da pessoa se arrepender e ser perdoada.


CONCLUSÃO


A gravidade da hora em que vivemos exige de todos nós esforços e grande concentração para que não nos desviemos daquilo que Deus planejou para as nossas vidas.Há um povo que Deus separou para conquistar a vitória. São homens e mulheres que não dobraram os seus joelhos e cujas bocas não proferiram palavras de rendição aos deuses deste mundo. Esta vitória é conquista com a graça de Deus:“Não temas, pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18:9-11). “Somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).Eleve-se das planícies, onde tudo é complicado, onde as esperanças já morreram e suba ao monte. Aceite o convite do Salmista quando diz: “Quem há de morar no santo monte de Deus” (Sl 15.1). você precisa de novas perspectivas, precisa olhar muito mais alto, acima das nuvens, acima dos sóis.b. J. Urteaga: “Se queres fazer alguma coisa e ser alguém na vida, tens de propor-se si mesmo um querer muito mais alto, uma esperança indestrutível, uma ânsia infinita, uma loucura quase irrealizável.Essa é a sua luta hoje. A luta contra a vontade interior que lhe move para longe da vitórias do Senhor.Não diga que não pode ser vitorioso mas faça como Josué, lute, anime-se em Deus, confie nas suas promessas e saia para peleja que a vitória é sua é nossa em nome de Jesus. ALELUIA!



Bibliografia


Bíblia de Estudo Plenitude (ARC)Dicionário “Aurélio”Fontes Teológicas pontamentos do autorhttp://www.estudosdabiblia.net/d79.htm


Comentarista:


Pastor Josaphat Batista - Vice - Presidente da Assembléia de Deus em Camaçari - BahiaBacharel em Telogia convalidado pelo MEC - Professor de teologia pela ESTEADEC (www.teologiaesteadec.com.br), pós-graduando Docência do Ensino Superior / Relator do conselho de ética do COMEC (conselho de Ministro em Camaçari- Ba / Conferencista – Seminarista – Escritor – Coord. Geral da EBD em Camaçari-Ba Assembleia de Deus – EMAIL prjosaphat@hotmail.com
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O que acontece quando uma mosca cai em uma xícara de café?

O italiano — joga a xícara fora e vai embora com raiva.
O francês — joga fora a mosca e bebe o café.
O chinês — come a mosca e joga fora o café.
O russo — bebe o café com a mosca, desde que não tenha que pagar mais pela mosca.
O judeu — vende o café para o francês, a mosca para o chinês, compra uma nova xícara de café e usa o dinheiro extra para inventar uma dispositivo que impeça que moscas caiam no café.
O palestino — culpa os judeus pela mosca ter caído no seu café, protesta na ONU por esse ato de agressão, pega um empréstimo da União Européia para comprar uma nova xícara de café, usa o dinheiro para comprar explosivos e, em seguida, explode a cafeteria onde o italiano, o francês, o chinês e o russo estão todos tentando explicar ao judeu que ele deveria ceder o seu copo de café para o palestino.
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Lição 06 - A Maldição do Pecado - comentários Pr. Josaphat Batista


A Maldição do Pecado / Josaphat Batista / Publicado em 06 de Fevereiro de 2009 as 20:43:47 PM / Complementos: Pr. Josaphat Batista / Visite o blog do autor: www.prjosaphat.blogspot.com / Criação e Produção: Marcos A. A Lima



Lição 06 - Comentarios Pr. Josaphat Batista

A MALDIÇÃO DO PECADO


INTRODUÇÃO (Clique Aqui e Visualize o Mapa Relevo da Palestina)


Ninguém pode ler a Bíblia sem notar a grande atenção que ela dá ao assunto do pecado, sua causa e cura. Sempre que pensamos em pecado o relacionamos ao crime e assassinato. Mas pecado, segundo a Bíblia é estar aquém da perfeição divina. Em Romanos 3:23 podemos ler:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” A “glória de Deus” inclui o pensamento de absoluta perfeição. O pecado é portanto ficar aquém da marca e todos os homens carregam essa culpa.
Sabemos que o pecado brotou de uma das criaturas feitas por Deus das mais importantes do seu reino. Deus não criou robôs nem bonecos para o adorarem, Ele criou criaturas livres. Ele mostrou seu reino a essas criaturas, e elas foram colocadas diante de uma escolha. Todas as criaturas de Deus tem que optar, sejam anjos sejam homens, os dois tipos de criaturas que a Bíblia nos apresenta.

Deus é perfeito e não pode fazer nada em trevas ou em caos como a situação descrita em Gn 1: 2.
Is 45:18 diz que Deus não fez a terra para ser um caos, mas para ser habitada; portanto, entre Gn 1:1 e Gn 1: 2, aconteceu algo que provocou aquela descrição.

Deus não quis criar escravos, nem robôs, nem bonecos, porque Ele é perfeito. Assim Deus criou os anjos livres e eles viviam com Deus, tinham pleno conhecimento de Deus, porque eles andavam lá nas regiões celestes, diante do trono de Deus, tinham conhecimento pleno, e a Bíblia diz que há milhões, milhares e milhares de anjos.


I – A ORIGEM DO PECADO NA ESFERA HUMANA


Ao contrário de Deus, que é eterno, o mal e o pecado tiveram um início; isto é, houve um tempo em que eles não existiam. Por ser Deus amor e santidade, e tudo o que Ele criou ser bom, o pecado não se originou Nele. Ezequiel deixa claro que o pecado começou misteriosamente em uma criatura que foi criada boa:
“Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você” (Ez 28:15, NVI). “Inculpável” (Heb. tamim, “completo”) descreve a integridade dessa criatura quando saiu das mãos do Criador.
Note, também, que o pecado começou em um querubim, um ser exaltado. Os querubins estavam mais próximos de Deus que quaisquer outros dos seres angelicais. Dois deles foram colocados como guardiões junto à entrada do Éden (Gn 3:24). Um par, feito de ouro, foi colocado sobre a arca da aliança (Êx 25:18-20). A posição dos querubins na arca ilustra a posição elevada desses seres, que permaneciam à luz da presença de Deus na Sua habitação. Portanto, o pecado se originou em um ser celestial que estava muito próximo ao trono de Deus. A expressão
“no monte santo” de Deus” se refere ao templo celestial, em que Deus habita entre Suas criaturas, o centro do governo celestial.
A corrupção desse querubim, Lúcifer, estava arraigada em um egoísmo que abusara dos dons da beleza e da sabedoria que Deus lhe dera. Misteriosamente, ele permitiu que suas emoções e sentimentos prevalecessem sobre a razão e, conseqüentemente, sua integridade foi corrompida
. “Corrompeste a tua sabedoria” (Ez 28:17); Deus colocou a culpa justamente sobre o próprio Lúcifer. Em vez de apegar-se à ordem divina, de acordo com a qual seus dons deviam ser usados para enriquecer os outros, Lúcifer percebeu sua superioridade sobre todos os outros em beleza, esplendor e sabedoria. “Pouco a pouco Satanás veio a condescender com o desejo de exaltação própria” e a ordem de Deus foi desfeita.


1- Ataque contra Deus


Como Isaías descreveu as verdadeiras intenções do querubim rebelde? O que estava em seu coração? Qual era seu motivo real? Is 14:13, 14 Conforme os sentimentos e emoções estranhos e egoístas do querubim conquistavam predomínio sobre seus poderes e razão mais elevada, ele ficava mais corajoso. Ele perverteu a liberdade que Deus lhe confiara e abusou dela, a ponto de deseja usurpar autoridade do próprio Deus.
Em Ezequiel 28:15, existe um contraste entre a condição do querubim como uma boa criatura saída das mãos do Criador e no que ele se tornou. A princípio, ele era
“inculpável” (NVI), íntegro, a quem nada faltava, mas algo novo se havia formado em seu íntimo: O verso diz que nele foi encontrada “iniqüidade”, ou “maldade” (NVI). Essa palavra no Antigo Testamento pode ser usada para representar duplicidade, ambição profana, mentira e apostasia.
Ezequiel também disse:
“Seu coração tornou-se orgulhoso” [Heb. gabah, ‘ser elevado’, ‘ser exaltado’ (Ez 28:17, NVI). Ser orgulhoso inclui imaginar-se maior do que realmente se é, ou considerar-se superior aos outros. Também pode levar a um comportamento que ignora a vontade de Deus (Sl 10:4; Jr 13:15) e que se opõe ao próprio Deus (Ez 28:2). Pode-se facilmente concluir que o querubim caído estava sendo desleal a Deus, atacando-O, dizendo mentiras e agindo de maneira enganosa.


2- Nos dias atuais


O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás tem continuado, com os homens, o mesmo estratagema que adotou em relação aos anjos. Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes a ele, procuram romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade aos homens por meio da transgressão dos preceitos da mesma. A reprovação do pecado suscita ainda o espírito de ódio e resistência. Quando a consciência é advertida pelas mensagens divinas, Satanás leva os homens a justificar-se e a procurar a simpatia de outros em seu caminho de pecado. Em vez de corrigirem seus erros, indignam-se contra aquele que reprova, como se fora ele a causa única da dificuldade. Desde os dias do justo Abel até ao nosso tempo, este é o espírito que tem sido manifestado para com os que ousam condenar o pecado.
Pela mesma representação falsa do caráter divino, por ele dada no Céu, fazendo com que Deus fosse considerado severo e tirano, Satanás induziu o homem a pecar. E, logrando ser bem-sucedido nisto, declarou que as injustas restrições de Deus haviam motivado a queda do homem, assim como determinaram a sua própria rebelião.
Mas o próprio Eterno proclama o Seu caráter:
"Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade, que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente." Êxo. 34:6 e 7.


II - TERORIAS ACERCA DO PECADO NA DIMENSÃO HUMANA


Não há necessidade de discutir a questão da realidade do pecado; a história e o próprio conhecimento íntimo do homem oferecem abundante testemunho do fato. Muitas teorias porém apareceram para negar, desculpar ou diminuir a natureza do pecado.


Cristianismo


A questão do pecado original aparece recortada no cristianismo em Santo Agostinho, que sugere que vem da fraqueza da alma (liberdade) e não do corpo, que já é impuro, imperfeito. Tal fato ocorre porque Adão e Eva sucumbiram ao pecado, ao orgulho, ao amor próprio e não ao amor a Deus. Deste modo, o pecado original tem para Agostinho um caráter hereditário, toda a humanidade recebeu o pecado através deles. E eis que surge então a questão do Pelagianismo. Pelágio (360-435) vê no pecado original uma espécie de exemplo a não ser seguido, o que faria com que a salvação dependesse exclusivamente do ser humano. Agostinho discorda e vê nesse entendimento pelagianista uma presunção humana, uma vez que supor que a salvação humana dependesse apenas de seus próprio atos negaria o caráter salvador de Jesus Cristo. O corpo apresentaria os sintomas de um problema que está na alma, e tal fato decorre da liberdade humana e não de uma falha do criador.


Judaísmo e Islamismo


Para os judeus e no Islam, que compartilham essa história, não há pecado original que toda a humanidade herde de geração em geração. A Igreja Católica Romana, no século XIX, introduziu em seus dogmas uma única exceção, a Maria, mãe de Jesus, que teria sido concebida sem esse pecado: é o dogma da Imaculada Conceição, que é diverso e não deve ser confundido com os relativos a sua virgindade, a saber, de sua maternidade virginal e de permanente virgindade posterior.


Psicanálise


Na perspectiva psicanalista foi sugerido que o pecado mencionado no Gênesis teria sido o ato sexual, explicação anterioremente já mencionada por Lutero. Esta explicação não encontra, contudo, raízes nas tradições judaicas pré-cristãs, em que a união carnal entre o homem e a mulher foi estabelecida por Deus. Mas se o pecado original fosse o ato sexual, Deus mesmo teria levado o homem ao pecado, quando ordenou, crescei, multiplicai e enchei a terra.
Uma das explicações
"antropológicas" (não se entrando em desacordo com o texto) é entender a narrativa no contexto de que o livro sagrado pretende a apresentar uma explicação ou uma construção explicativa das origens do universo, do nosso mundo, da humanidade, da civilização em geral e da hebraica em particular, e por fim, do bem e do mal. Até ter o conhecimento do bem e do mal o homem vivia num "estado de natureza", em oposição a um "estado de cultura", explicação essa totalmente compatível com o evolucionismo darwinista e a evolução das espécies. O conhecimento do bem e do mal seria o divisor de águas, seria a maneira de reconhecer-se humano, com valores, crenças e objetivos, ou seja, a transição do animal para o hominal(?), como definiu o antropólogo Teilhard de Chardin, que era padre católico. Aí o homem se envergonhou da nudez, tomou consciencia da morte e da mortalidade, de que todo seu corpo veio da terra, à qual deverá tornar, e passou a trabalhar e acumular, "suando sob o sol". O texto ainda lança uma espécie de enigma de transcendência: a árvore da vida eterna com seu fruto, impedida ao homem (ao menos por momento), pelas espadas flamejantes de querubins. Não se trata, evidentemente, de frutas nem árvores, mas de um texto espiritual cujo significado vem desafiando a humanidade ao longo dos milênios.


Igreja Católica


A doutrina católica distingue entre o pecado venial, que justifica somente uma punição temporária no Purgatório, e pecado mortal, que justifica uma punicão eterna no Inferno, se não confessado e não demonstrar genuíno arrependimento. Segundo a Igreja Católica, o pecado original só é purgado no indivíduo pelo baptismo.


O Ateísmo


Ao negar a Deus nega também o pecado porque, estritamente falando, todo pecado é contra Deus; e se não há Deus, não há pecado


O Determinismo


É a teoria que afirma ser o livre arbítrio uma ilusão e não uma realidade. Nós imaginamos que somos livres para fazer nossa escolha, porém realmente nossas opções são ditadas por impulsos internos e circunstâncias que escaparam ao nosso domínio. Mas as Escrituras afirmavam invariavelmente que o homem é livre para escolher entre o bem e o mal – uma liberdade implícita em todos os mandamento e exortações. Longe de ser vítima da fatalidade e casualidade, declara-se que o homem é o árbitro do seu próprio destino.


O Hedonismo


Da palavra grega que significa
"prazer", é a teoria que sustenta que o melhor ou mais proveitoso que existe na vida é a conquista do prazer e fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se faz não é: "Isto é correto?", mas: "Trará prazer?". É nessa teoria que se baseia o ensino moderno da "auto-expressão". Em linguagem técnica o homem deve "libertar suas inibições"; em linguagem simples "ceder à tentação porque reprimi-la é prejudicial à saúde". Naturalmente isso muitas vezes representa um intento para justificar a imoralidade.


Ciência Cristã


Esta seita nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem. Nega que o pecado tenha existência real e afirma que é apenas um
“erro moral da mente”.


A Evolução


Considera o pecado como herança do animalismo. Desse modo em lugar de exortar a deixar
"homem velho" ou o "antigo Adão", os proponentes dessa teoria deviam admoestá-las a que deixassem o "velho macaco" ou o "velho tigre". Como já vimos, a teoria da evolução é antibíblica.


Protestantismo


Essa teoria acerca da origem do pecado em relação a humanidade é a mais correta por não haver contradição nas Escrituras Sagradas e por apresentar a maneira ideal para o indivíduo se liberta desse maldito mal que se alastrou sobre a humanidade de uma vez que os nossos pais pecaram.
O segmento protestante, ou evangélico, não crê em purgatório, nem classifica os pecados como venial, mortal ou capital. Seguindo os preceitos bíblicos, não existe pecado pequeno ou grande, pois
"todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"(Romanos 3.23). O pecado nada mais é do que a transgressão aos mandamentos de Deus, segundo I João 3:4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. Pecado é um ato, pois "cada um é tentado, quando atraído e engodado pelo seu próprio desejo. Depois, havendo concebido o desejo, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tiago 1:14 e 15). Para que tenhamos salvação e desfrutemos da vida eterna, devemos tão somente crer ("Pela graça sois salvos, por meio da fé..." Efésios 2.8) que Jesus é nosso único e suficiente salvador, e confessar nossos pecados para sermos perdoados ("Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" I João 1.9). Lembre-se também que é necessário arrependimento, e não somente remorso, que nos leva a cometer novamente os mesmos erros por não termos mais lembrança da "culpa" que nos abateu.

III - A ORIGEM DO PECADO NA ESFERA HUMANA


O terceiro capítulo de Gênesis oferece os pontos chaves que caracterizam a história espiritual do homem, as quais são: a tentação, a culpa, o juízo e a redenção.


A Natureza Do Pecado


Que é pecado? A Bíblia usa uma variedade de termos para expressar o mal de ordem moral, os quais nos explicam algo de sua natureza. Um estudo desses termos, nos originais hebraico e grego, proporcionará a definição bíblica do pecado.


Errar o alvo


A palavra mais comumente usada para o pecado significa "errar o alvo". Reúne as seguintes idéias:"(l) Errar o alvo, como um arqueiro que atira mas erra, do mesmo modo, o pecador erra o alvo final da vida. (2) Errar o caminho, com um viajante que sai do caminho certo. (3) Ser achado em falta ao ser pesado na balança de Deus.


Tortuosidade


Outra palavra significa literalmente
"tortuosidade", e é muitas vezes traduzida por "perversidade". O Novo Testamento descreve o pecado como:

a) Errar o alvo, que expressa a mesma idéia que a conhecida palavra do Antigo Testamento.
b) Dívida. (Mt. 6:12). O homem deve (a palavra "deve" vem de dívida) a Deus a guarda dos seus mandamentos; todo pecado cometido é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser perdoado, ou obter remissão da divida.
c) Desordem. "O pecado é iniquidade" (Literalmente "desordem", 1 João 3;4).
d) Desobediência. Literalmente, "ouvir mal"; ouvir com falta de atenção. (Hb. 2:2) "Vide pois como ouvis" (Lc. 8:18).
e) Transgressão. Literalmente, "Ir além do limite" (Rm. 4:15). Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.
f) Queda, ou Falta, ou cair para um lado (Ef. 1:7) no grego donde a conhecida expressão, cair no pecado. Pecar é cair de um padrão de conduta.
g) Derrota é o significado literal da palavra "queda" em Rom. 11:12. Ao rejeitar a Cristo, a Nação judaica sofreu uma der¬rota e perdeu o propósito de Deus.
h) Impiedade, de uma palavra que significa "sem adoração, ou reverência". (Rm. 1.12; 2 Tm. 2:16). O homem ímpio é o que dá pouca ou nenhuma importância a Deus e às coisas sagradas. Estas não produzem nele nenhum sentimento de temor e reverência. Ele está sem Deus porque não quer saber de Deus.
i) O Erro (Hb. 9:17). Descreve aqueles pecados cometidos como fruto da ignorância, e dessa maneira se diferenciam daqueles pecados cometidos presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem que desafiadoramente decida fazer o mal, incorre em maior grau de culpa do que aquele que é apanhado em falta, a que foi levado por sua debilidade.

A Tentação: Sua possibilidade, origem e sutileza


a) A possibilidade da tentação. O segundo e o terceiro capítulos de Gênesis relatam o fato da queda do homem, informando acerca do primeiro lar do homem, sua inteligência, seu serviço no jardim do Éden, as duas árvores, e o primeiro matrimônio, menciona especialmente as duas árvores do destino – a árvore da ciência do bem e do mal, e a árvore da vida. Essas duas árvores constituem um sermão em forma de quadro dizendo constantemente à nossos primeiros pais: "Se seguirdes o bem e rejeitardes o mal tereis a vida". E não é esta realmente a essência do Caminho da Vida encontrada através das Escrituras? (Vide Dt. 30.15). Notemos a árvore proibida. Por quê foi colocada ali? Para prover um teste pelo qual o homem pudesse, amorosa e livremente, escolher servir a Deus e dessa maneira desenvolver seu caráter. Sem vontade livre o homem teria sido meramente uma máquina.

b) A origem da tentação. "Ora, a serpente era mais astuta que todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha feito". É razoável deduzir que a serpente, que naquele tempo deveria ter sido uma criatura formosa, foi o agente empregado por Satanás, o qual já tinha se lançado fora do céu antes da criação do homem. (Ez. 23.13-17; Is. 14.12-15). Por esta razão, Satanás é descrito como "essa antiga serpente, chamada diabo" (Ap. 12.9). Geralmente Satanás trabalha por meio de agentes. Quando Pedro, embora sem má intenção, procurou dissuadir seu Mestre da senda do dever, Jesus olhou além de Pedro e disse "para trás de mim Satanás" (Mt. 16.22-23). Neste caso, Satanás trabalhou por meio de um dos amigos de Jesus; no Éden, Satanás utilizou a serpente, uma criatura da qual Eva não desconfiava.

c) A sutileza da tentação. A sutileza é mencionada como característica distinta da serpente. (Vide Mt. 10.16). Com grande astúcia ela oferece sugestões, as quais, ao serem abraçadas, abrem caminho a desejos e atos pecaminosos. Ela começa falando com uma mulher, o vaso mais frágil, que além dessa circunstância, não tinha ouvido diretamente a proibição divina. (Gn. 2.16-17). E ela espera até que Eva esteja só. Note-se a astúcia na aproximação. Ela torce as palavras de Deus (Vide Gn. 3.1; 2.16-17) e então finge surpresa por estarem assim torcidas; dessa maneira ela astutamente semeia dúvida e suspeitas no coração da ingênua mulher, e ao mesmo tempo insinua que está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça de tal proibição.


A Culpa


Notemos as evidências de uma consciência culpada: 1.
"Então foram abertos os olhos de ambos e conheceram que estavam nus" (Gn. 21.19; 2Rs. 6.17). As palavras da serpente (v. 5) cumpriram-se; porém o conhecimento adquirido foi diferente do que eles esperavam. Em vez de fazê-los semelhantes a Deus, experimentaram um miserável sentimento de culpa que os fez ter medo de Deus. Notemos que a nudez física é um quadro de uma consciência nua ou culpada. Os distúrbios emocionais refletem-se muitas vezes em nossas feições. Alguns comentadores sustentam que antes da queda, Adão e Eva estavam vestidos com auréola ou traje de luz, que era um sinal da comunhão com Deus e do domínio do espírito sobre o corpo. Quando pecaram, essa comunhão foi interrompida; o corpo venceu o espírito e ali começou esse conflito entre a carne e o espírito (Rm. 7.14-24), que tem sido a causa de tanta miséria.


O juízo


a) Sobre a serpente. "Porque fizeste isto, maldita serás mais que toda a besta, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida". Essas palavras implicam que a serpente outrora foi uma criatura formosa e honrada. Depois, porque veio a ser um instrumento para a queda do homem, tornou-se maldita e degradada na escala da criação animal. Uma vez que a serpente foi simplesmente o instrumento de Satanás, por quê deveria ser ela punida? Porque é vontade de Deus fazer da maldição da serpente um tipo de profecia da maldição sobre o diabo e sobre todos os poderes do mal.

b) Sobre a Mulher. "E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e tua concepção; com dor terás filhos; e o teu desejo será para teu marido, e ele te dominará (Gn. 3:16). Assim disse certo escritor: A presença do pecado tem sido a causa de muito sofrimento, precisamente do modo indicado acima. Não há dúvida que dar à luz filhos constituiu um momento critico e penoso na vida da mulher. O sentimento de faltas passadas pesa de uma maneira particular sobre ela, e também a crueldade e loucura do homem contribuíram para fazer o processo mais doloroso e perigoso para a mulher do que para os animais.

c) Sobre o homem. (versos 17-19) O trabalho para o homem já tinha sido designado (2:15). O castigo consiste no afã, nas decepções e aflições que muitas vezes acompanham o trabalho. A agricultura é especificada em particular, porque sempre tem sido um dos empregos humanos mais necessários. De alguma maneira misteriosa, a terra e a criação em geral têm participação da maldição e da queda do seu senhor (o homem) porém estão destinadas a participar da sua redenção.


A redenção


Os três primeiros capítulos de Gênesis contém as três revelações de Deus, que por toda a Bíblia figuram em todas as relações de Deus com o homem. O Criador, que trouxe tudo à existência (cap. 1), o Deus do Pacto que entra em relações pessoais com o homem (cap. 2); o Redentor, que faz provisão para a restauração do homem (cap. 3). a) Prometida. (Vide Gn. 3:15) (1) A serpente procurou fazer aliança com Eva contra Deus, mas Deus porá fim a essa aliança.
"E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente (descendentes) e a sua semente". Em outras palavras, haverá uma luta constante entre o homem e o poder maligno que causou a sua queda. (2) Qual será o resultado desse conflito? Primeiro, vitória para a humanidade, por meio do Representante do homem, a Se-mente da mulher. "Ela (a semente da mulher) te ferirá a cabeça”. Cristo, a Semente da mulher, veio ao mundo para esmagar o poder do diabo. (Mt, 1:23;25; Is. 1:31-36,76; Is. 7:14; Gl. 4:4; Rm. 16:20; Cl. 2:15; Hb. 2:14,15; 1 João 3:8;5:5; Ap.12:7,8,17; 20:1-3,30). (3) Porém, a vitória não será sem sofrimento. "E tu (a serpente) lhe ferirás o calcanhar. No Calvário a Serpente feriu o calcanhar da Semente da mulher; mas este ferimento trouxe a cura para a humanidade. (Vide Is. 53:3,4, 12; Dn. 9:26; Mt. 4:1-10: Lc. 22:39-44;53; João. 12:31-33; 14:30,31: Hb. 2:18; 5:7; Ap. 2:10). b) Prefigura. (verso 21.) Deus matou um animal, uma criatura inocente, para poder vestir aqueles que se sentiam nus ante a sua vista por causa do pecado. Do mesmo modo, o Pai deu seu Filho, o Inocente, à morte, a fim de prover uma cobertura expiatória para as almas dos homens.

IV - COOPERAÇÃO DO PASTOR ESDRAS BENTHO PARA O PORTAL DA EBD EM CAMAÇARI

Veja:
Josué 7.1,5-7, 11,12.
1 – E prevaricaram os filhos de Israel no anátema;porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.


a) “Prevaricaram”. O número gramatical do verbo “prevaricar”, expressa o conceito e senso comunitário das tribos de Israel. Toda congregação tornou-se culpada pelo pecado de um só homem, Acã.
Em nossa obra, A Família no Antigo Testamento: história e sociologia, explicamos que o modelo social pelo qual as tribos de Israel viviam é a solidariedade mecânica, conforme proposta pelo teórico social Durkheim. Neste tipo de solidariedade, os indivíduos possuem sua identidade e unidade tribal, mediante a família, a religião, a tradição e costumes vividos pela totalidade das tribos. Todos, igualmente, vivem os mesmos valores, seguindo a tradição ancestral da qual a coletividade procede. Uma
“família-tronco” perpetua-se em torno do chefe de família pela instituição de um “herdeiro associado”.
Por conseguinte, o fato de um pecado pessoal transtornar toda uma comunidade deve-se, em grande parte, à estrutura deste tipo de sociedade. As famílias, separadas por clãs patronímicos, mas unidas pela identidade coletiva, normalmente, não agiam sozinhas, mas em grupo. A identidade de um indivíduo confundia-se com o grupo a que pertencia. O povo de Israel, portanto, valorizava a integração e a interdependência, entre as tribos e as pessoas, como valores imprescindíveis à unidade do povo. De acordo com esses princípios, quando um israelita pecava, todo o povo assumia a responsabilidade pela transgressão cometida.
Por esta razão, todo o Israel foi castigado em conseqüência do pecado de Acã (vv. 11,12). Israel, a totalidade do povo, era um corpo composto por vários membros (cada uma das tribos). O texto de Números 1.2, apresente adequadamente esse conceito:
“Levantai o censo de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça” (ARA).
Esse mesmo princípio afeta também a igreja. Atente, por exemplo, aos textos paulinos em 1 Co 5; 12; 14. Ou ainda Rm 5.12-21, onde encontramos as conseqüências da transgressão de Adão e os efeitos da obediência de Cristo disseminados a toda humanidade.


b) “Anátema”. O termo já foi esclarecido na lição. Trata-se do termo hebraicoch?rem, [2] literalmente, “maldição”. Esse vocábulo procede de ch?ram, cujo significado básico é “consagrado”, ou “coisa consagrada”.
Um caso significativo para entendermos o conceito de ch?rem, está em Números 21.2,3 quando os israelitas prometem
“destruir totalmente” as cidades da região sul de Canaã [3]. Isto quer dizer que essas cidades seriam “consagradas ao Senhor para destruição”, constituindo-se, portanto, em cidades anátemas ou consagradas para a ruína.
Um dos objetivos primários para que o exército de Israel assim procedesse, encontra-se em Deuteronômio 13.12-17. Especificamente, o versículo 16 afirma:
“E ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça e a cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente para o Senhor, teu Deus, e será montão perpétuo, nunca mais se edificará”. Desejava-se com isto, evitar que o povo se corrompesse, espiritual e moralmente, com as riquezas sacrificadas aos demônios- ídolos (Dt 32.16,17; Lv 17.7; 2 Cr 11.15). Jericó estava, portanto, debaixo dessa lei. O versículo 17 confirma: “Também nada se pegará à tua mão do anátema, para que o Senhor se aparte do ardor de sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique, como jurou a teus pais”.
Ora, a apódase [4] é condicional. Caso alguém dentre o povo desobedecesse a esta lei irrevogável e inexorável, o oposto à promessa seria juízo sobre o povo: inclemência e crueldade no lugar da misericórdia; impiedade ou “desumanidade” no lugar de piedade; divisão e extermínio da raça em vez de multiplicação da descendência. Foi justamente o antônimo desses léxicos beatíficos (misericórdia, piedade e multiplicação) que se deu inicio em Ai. Os versículos 11 e 12 da Leitura Bíblica confirmam essa assertiva:
“Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram do anátema, e também, furtaram, e também mentiram, e até debaixo da sua bagagem o puseram. Pelo que os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos, porquanto estão amaldiçoados; não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós.” Este castigo é a resposta da “ira de Deus” contra o pecado. Naquele fatídico dia, “os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis, e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água” (v.5).
Somente a expiação da culpa, isto é, a eliminação do pecador, interromperia o processo iniciado em Ai. A transgressão de Acã, segue-se imediatamente à identificação da linhagem do “perturbador” de Israel. Interessante é o fato de os ascendentes de Acã possuírem nomes nobres: Carmi, “vinha” e, Zerá, “brilho do sol”, enquanto o nome do personagem principal, Acã, quer dizer “perturbação”, “perturbador”.

c) “A ira do Senhor”. Esta é uma expressão antropopática [5], isto é, ao Senhor são atribuído afetos ou sentimentos humanos. Uma outra forma de os hagiógrafos descreverem a ira de Deus é através do antropomorfismo nariz ou narinas (Êx 15.8; Sl 18.8-16). Na mentalidade semítica, o furor, a ira e a cólera se expressam por respiração mais veemente, ou exalação nasal mais intensa. Daí os autores usarem a figura do “nariz fumegante do Senhor”, para expressar a ira divina. A ira do Senhor designa tanto a justiça de Deus que pune os homens maus, como o seu descontentamento com aquilo que é malévolo ou injusto. A ira do Senhor é contra o pecado, a fim de extirpá-lo da congregação santa.


Lições Práticas


Observe o efeito deletério do pecado e a autoconfiança desprovida da bênção de Deus. A cidade de Ai estava em menor número:
“Não suba todo o povo; subam uns dois mil ou três mil homens, a ferir Ai; não fatigueis ali todo povo, porque são poucos os inimigos” (7.3). Consideravam-se vitoriosos pela pequenez do exército de Ai, entretanto, foram derrotados e humilhados. Neste episódio Josué ouve os espias e fracassa (7.2,3). Depois ouve a Deus e triunfa (7.7-15). Por que não fez o inverso? Por que não consultou a Deus? Deste fato podemos extrair algumas preciosas lições para nossas vidas e também para nossos alunos, quais sejam:

(1) Uma poderosa vitória ontem, não garante uma pequena vitória amanhã;
(2) Apesar de os fatos estarem a nosso favor, é melhor consultar e confiar em Deus. Orar, mesmo por aquilo que parece óbvio, é uma demonstração de submissão irrestrita ao Senhor.
(3) É sempre melhor ouvir a Deus em vez dos homens, até mesmo quando os fatos e as coisas estão evidentes.
(4) Depender de Deus significa dar prioridade a Deus em tudo.

Para saber mais
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2001.
PFEIFFER, C. F (et al). Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.
PRICE, R. Arqueologia bíblica. RJ: CPAD, 2006.


CONCLUSÃO


Deus manifestara Sua repulsa aos princípios da rebelião. O Céu todo viu a Sua justiça revelada, tanto na condenação de Satanás como na redenção do homem. Lúcifer declarara que se a lei de Deus fosse imutável, e seu castigo não pudesse ser abrandado, todos os transgressores deveriam ser para sempre privados do favor do Criador. Alegara que a raça pecadora se colocara para além da redenção e, portanto, era sua legítima presa. A morte de Cristo, porém, era um argumento em prol do homem, argumento que se não poderia refutar. A pena da lei recaiu sobre Aquele que era igual a Deus, ficando livre o homem para aceitar a justiça de Cristo, e, por uma vida de arrependimento e humilhação, triunfar, como o Filho de Deus, sobre o poder de Satanás. Assim, Deus é justo, e justificador de todos os que crêem em Jesus.
Mas não foi meramente para efetuar a redenção do homem que Cristo veio à Terra e aqui sofreu e morreu. Veio para
"engrandecer a lei" e "torná-la gloriosa". Não somente para que os habitantes deste mundo pudessem considerar a lei como esta deveria ser considerada, mas para demonstrar a todos os mundos do Universo que a lei de Deus é imutável. Pudessem seus requisitos ser postos de lado, e o Filho de Deus não necessitaria então haver dado Sua vida para expiar a transgressão da mesma. A morte de Cristo prova ser ela imutável. E o sacrifício a que o amor infinito induziu o Pai e o Filho, a fim de que os pecadores pudessem ser salvos, demonstra ao Universo todo (e nada menos que este plano de expiação teria bastado para fazer) que a justiça e a misericórdia são o fundamento da lei e do governo de Deus.
Na execução final do juízo ver-se-á que nenhuma causa existe para o pecado. Quando o Juiz de toda a Terra perguntar a Satanás: "Por que te rebelaste contra Mim, e Me roubaste os súditos de Meu reino?", o originador do mal não poderá apresentar resposta alguma. Toda boca se fechará e todas as hostes rebeldes estarão mudas.
A cruz do Calvário, ao mesmo tempo em que declara ser imutável a lei, proclama ao Universo que o salário do pecado é a morte. No brado agonizante do Salvador -
"Está consumado" - soou a sentença de morte de Satanás. Decidiu-se então o grande conflito que durante tanto tempo estivera em andamento e confirmou-se a extirpação do mal. O Filho de Deus transpôs os umbrais do túmulo, a fim de que "pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo". Heb. 2:14. O desejo de exaltação própria por parte de Lúcifer, levara-o a dizer: "Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, ... serei semelhante ao Altíssimo." Declara Deus: "E te tornei em cinza sobre a terra, ... e nunca mais serás para sempre." Isa. 14:13 e 14; Ezeq. 28:18 e 19. Quando vier aquele dia "ardendo como forno, ... todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como palha; e o dia que está para vir, os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo." Mal. 4:1.
O Universo todo terá sido testemunha da natureza e resultados do pecado. E seu completo extermínio, que no princípio teria acarretado o temor dos anjos, desonrando a Deus, reivindicará agora o Seu amor e estabelecerá a Sua honra perante a totalidade dos seres que se deleitam em fazer a Sua vontade, e em cujo coração está a lei divina. Jamais o mal se manifestará de novo. Diz a Palavra de Deus:
"Não se levantará por duas vezes a angústia." Naum 1:9. A lei de Deus, que Satanás acusara de jugo de servidão, será honrada como a lei da liberdade. Uma criação experimentada e provada nunca mais se desviará da fidelidade para com Aquele cujo caráter foi perante eles amplamente manifesto como expressão de amor insondável e infinita sabedoria.


Bibliografia


Bíblia de Estudo Plenitude (ARC)
Dicionário “Aurélio”
Fontes Teológicas
Apontamentos do autor
http://pt.wikibooks.org/wiki/Bibliologia/Hamartiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado


Comentarista:
Pastor Josaphat Batista - Vice - Presidente da Assembléia de Deus em Camaçari - Bahia
Bacharel em Telogia convalidado pelo MEC - Professor de teologia pela ESTEADEC
(www.teologiaesteadec.com.br), pós-graduando Docência do Ensino Superior / Relator do conselho de ética do COMEC (conselho de Ministro em Camaçari- Ba / Conferencista – Seminarista – Escritor – Coord. Geral da EBD em Camaçari-Ba Assembleia de Deus – EMAIL prjosaphat@hotmail.com

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