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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lição 1 - Davi e a sua Vocação - Pr. Josaphat Batista


IGREJA Evangélica Assembléia de Deus / AVENIDA Radial “A” nº 413 Centro – Camaçari-BahiaPRESIDENTE – Pr. Valdomiro Pereira / Coordenação EBD – Pr. Josaphat Batista e Dc. Samuel QueirozColaboração do Portal – www.ebdcamacari.com / Comentários: Pr. Josaphat Batista


INTRODUÇÃO


Chegamos a mais um trimestre a ser estudado, e desta vez aprenderemos muito com as lições extraídas da vida deste servo de Deus, “Davi”, que por sua vez foi Pastor, Poeta, matador de Gigantes, Rei e participante da linhagem do Messias. O ilustre comentarista Pr. José Gonçalves nos traz a respeito de Davi treze lições importantíssimas para o nosso elevo espiritual que vai desde a chamada de Davi até o final do seu Reinado nos dando a entender que a chamada Divina é uma concessão do Eterno.Nesta primeira lição iniciaremos abordando sobre duas palavras chaves que são: “vocação” e “Davi”.

I – VOCAÇÃO


Do latim “vocatione”, na língua Portuguesa vocação significa: Ato de chamar ou invocar, Predestinação, desígnio, escolha, chamamento, Tendência, inclinação, Talento, aptidão, pendor. No conceito Bíblico vocação é: “Comissionamento, mandato, incumbência para ser Ministro de Deus. No caso de Davi Deus o vocacionou para o cumprimento dos seus propósitos, já que Davi estava sempre disposto a cumprir a vontade do todo poderoso (At 13:22). Já no caso do Apóstolo Paulo, sua tarefa era colocar o fundamento e, com isso, criar as condições para que outros possam continuar a construir (I Co 3:10,11). “E Ele instituiu doze para estarem com Ele e para serem enviados e a proclamar e a ter autoridade para expulsar os demônios. E instituiu os doze. E atribuiu a Simão um nome: Pedro. E Tiago, o de Zebedeu, e João, o irmão de Tiago. E atribuiu-lhes um nome: Boanergers, o que significa “filhos do trovão”. E André e Filipe e Bartolomeu e Mateus e Tomé e Tiago, o de Alfeu, e Tadeu e Simão, o Canaanita, e Judas Iscariotes, que o entregou (Mc 3:14-19). A vocação Apostólica está na tradição Sacerdotal: “Então Samuel disse ao povo: Fo Iahweh quem suscitou Moisés e Arão e fez os vossos pais subir do Egito (I Sm 12:6). No panorama histórico-salvífico, a vocação para os ministérios das comunidades de culto e fé é sinal da esperança do cuidado de Deus para com o seu povo e de sua salvação.

De outra maneira, o ato de “cingir” a si mesmo ou a outro constituiu preparação para uma viagem, obra ou acontecimento. O Sumo Sacerdote cingia-se com um cinto bordado (Êx 28:4; Lv 16:4); um militar cingia-se com um cinto largo de couro para ir protegido à guerra (I Sm 25:13); o Apóstolo Pedro, prisioneiro, recebe a ordem de cingir-se, preparar-se ou vestir-se, para deixar a prisão (At 12:8).(Dicionário Bíblico João Batista Ribeiro Santos).


II – A VOCAÇÃO OU CHAMADA DE DAVI

1- O antecessor de Davi

Faz-se necessário falarmos um pouco da escolha de Saul como Rei de Israel que antecedeu o Rei Davi. De acordo alguns estudiosos a escolha de Saul foi mais baseada em dons carismáticos, bem mais ao estilo dos Juízes, do que na linhagem dinástica normal, caracterizada pela entronização e sucessão. Ele não pertencia a qualquer linhagem especial, veio de uma pequena tribo, a tribo de Benjamim, e era filho de Quis que, embora sendo “homem de aparência”, certamente não possuía nem podia reivindicar qualquer grau de nobreza. Porém, Saul possuía uma aparência física que impressionava (I Sm 9:1,2) e uma modéstia que cativava, quase uma auto abnegação. A escolha de Saul como Rei de Israel se deu de uma iniciativa do povo que conforme as nações vizinhas possuíam um Rei, eles (Israel), deveriam também o ter (I Sm 8:1-20). E Deus o permitiu. Quantos crentes nos dias de hoje estão caindo no mesmo trágico pecado, não esperando mais a vontade de Deus que nunca falha, mas com os seus desejos desenfreados estão escolhendo parecer com este mundo vil, corrompido que já está no maligno? Nem tudo que está “na moda” é puro, precisamos atentar mais para o que diz a palavra de Deus. A Bíblia diz que os nossos caminhos e pensamentos (nesse caso), não são os de Deus (Is 55:7).


Quando desobedecemos ao Senhor, seja em qualquer situação, as conseqüências são desastradoras como o foi nos dias de Saul que não tinha as características que teve Davi e por isso não teve mais condições de liderar o povo de Deus (I Sm 13:14; 15:26-28). Tenhamos cuidado com o popular ditado maligno que inventaram por aí que diz: “a voz do povo é a voz de Deus”, quando a bíblia nos ensina ao contrário. Com isso, existem muitos crucificando Jesus e tentando se beneficiar a si próprio, mas “o guarda de Israel não dormirá” (Sl 121:4). È melhor ficarmos na posição em que ficou Pedro: “... mas importa obedecermos a Deus e não aos homens” (At 5:29).
Saul, apesar de tudo, ainda permanece um enigma, pois não apenas recebeu a permissão de Deus para reinar, ainda que por uma espécie de concessão ao pedido do povo, como também Yahweh o informou de que, se ele não falhasse em relação aos aspectos do culto, fundaria uma dinastia que reinaria sobre Israel para sempre (I Sm 13:13). Essa declaração deve ser literalmente, mas visto que está claro que o reinado messiânico estava reservado a Davi, deve-se então concluir que a divisão do reino foi um resultado previsto, e que os sucessores de Saul, sendo este obediente, reinariam sobre um reino, talvez Israel, ao Norte, enquanto os sucessores de Davi reinariam, conforme de fato aconteceu, sobre Judá, ao Sul. A rejeição de Saul em Gilgal e sua conexão com o oferecimento do sacrifício não é sem significação no aspecto de sua remoção e do anuncio do surgimento de Davi.


Na primeira vez, Saul falhou em não esperar pela chegada de Samuel em Gilgal, e com suas próprias mãos ofereceu ofertas queimadas, uma função proibida para um não Levita, a não ser por uma dispensação especial de Deus. Mas isto não está sugerido em nenhum ponto da narrativa. Na segunda ocasião, Saul achou que podia violar o “herem” ao poupar alguns animais dos Amalequitas, que tencionavam sacrificar ao Senhor. É plausível que Saul planejasse oferecer os sacrifícios pessoalmente. A reprimenda de Samuel parece favorecer essa interpretação, pois ele disse a Saul que “obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura de Carneiros” (I Sm 15:22). Tal desobediência, disse Samuel, é rebelião, um pecado tão pernicioso quanto a adivinhação ou idolatria.


O erro de Saul, então, foi apropriar-se das prerrogativas sacerdotais, um ato possivelmente associado aos reinos pagãos; mas, sem uma sanção Divina específica, era totalmente impróprio para Saul ou qualquer outro Rei de Israel. O papel dos Reis nos cultos era, de fato, quase universal, então Saul, imitando o procedimento, poderia ser escusado se não estivesse contrário ao que está escrito na lei de Deus. O mandamento era explícito, os negócios sacerdotais e do culto são exclusividade dos Levitas e dos sacerdotes.


2- O sucessor de Saul

O declínio de Saul coincide com o aparecimento e a ascensão de Davi. Samuel embora tenha se lamentado quanto à tragédia que se abatera sobre a vida de Saul, foi até a Belém que está mais ou menos a 16 km de Ramá, no território de Judá, ligando assim a Monarquia com a profecia registrada em Gênesis 49:10; “o cetro não se arredará de Judá”.

Lá Samuel encontrou Jessé o Belemita que era neto de Rute e de Boaz e, desta maneira estava na linhagem da aliança com Abraão (Rt 4:18-21). Entre os filhos de Jessé Samuel encontrou o Rei que Deus tinha provido, “... me tenho provido de um Rei...” (Sm 16:1). Observe que Saul tinha sido escolha do povo; Deus daria agora ao povo a sua escolha: “um homem segundo o seu coração” (Sm 13:14). Saul foi ungido capitão ou príncipe (Sm 9:16), enquanto Davi estava para ser ungido Rei. O certo é que o próprio Yahweh indicou claramente a sua escolha (Sm 16:3). Após o final de um processo seletivo, Davi finalmente compareceu à presença de Samuel que, por ser profeta antigo, conheceu imediatamente que ali estava aquele que tinha sido Divinamente escolhido, um fato confirmado pela visitação do Espírito de Deus sobre ele. Depois que o Espírito de Yahweh veio sobre Davi, foi permitido que um espírito demoníaco atormentasse Saul até o dia de sua morte (I Sm 16:14). Para amenizar seus ímpetos de mau humor e fúria, seus servos decidiram buscar um músico, cujas melodias pudessem ser um bálsamo sobre o rei.

Providencialmente, Davi foi selecionado, um fato que não apenas beneficiou a Saul, mas também permitiu que Davi se familiarizasse com a vida na corte, preparando-o para o papel público que viria a exercer mais tarde. Saul gostou muito do jovem e logo fez dele seu armeiro e músico. Por um breve espaço de tempo esteve Davi com Saul, embora no próximo acontecimento ele já esteja em Belém.História de Israel (Eugene H. Merrill).


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