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terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Restauração Espiritual de Davi - Comentarista: Pr. Jsaphat Batista

A Restauração Espiritual de Davi - Comentarista: Pr. Jsaphat BatistaPostado por Markos Criações On 20:05 IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS / PRESIDENTE – Pastor Valdomiro Pereira da Silva
AVENIDA Radial “A” Nº 413 - Centro / PORTAL DA Escola Bíblica Dominical / COORDENAÇÃO - Josaphat Batista e Samuel Queirós / http://www.ebdcamacari.com/ / Comentado por Pr. Josaphat Batista



INTRODUÇÃO

Embora os pecados de Davi tivessem sido praticados em segredo e supostamente sem poder, eles se levantariam de seu lugar oculto e marchariam em público para desgraça de Davi. E também trariam com eles todos aqueles acontecimentos miseráveis que Natã havia predito.
Há um sentido no qual todos os pecados humanos estão em lugares elevados. Deus fez o homem por um pouco, menor do que os Anjos, de glória e de honra o coroaste (Sl 8:5). O homem está infinitamente acima dos animais e, quando peca, inevitavelmente viola a imagem de Deus que há dentro dele... “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co 6:16). Ser alguém humano, e não apenas um animal irracional, já é elevada coisa. Não desista da sua humanidade em prol da satisfação de instintos animais que revertem o propósito de Deus no homem. Quando o castigo é grande é porque o pecado também é grande.

I – O DUPLO PECADO DE DAVI

1- Adultério e assassínio

Uma vez que Davi se colocou no lugar errado, ele foi tentado. Ele viu Bate-Seba, uma mulher bonita, tomando banho (2 Samuel 11:2). Neste momento, ele deveria ter virado os olhos para outra coisa, procurando não pensar mais na imagem do corpo da mulher de outro. Nós não devemos hospedar pensamentos maus, porque levam às conseqüências graves (Jeremias 4:14; 6:19). O domínio próprio, uma das características fundamentais do servo de Deus, inclui a disciplina para controlar nossos próprios pensamentos (Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:6; Filipenses 4:8-9; 2 Coríntios 10:4-6). É bom lembrar que um passarinho pode passar por cima da nossa cabeça, mas não temos que o convidar a fazer ninho em nossos cabelos. Devemos respeitar as advertências sobre o pecado. Davi ignorou, pelo menos, três advertências contra seu pecado, antes de ter relações com Bate-Seba. Primeiro, como conhecedor da palavra de Deus, ele sabia que sua cobiça e o ato de adultério são pecados contra Deus. Mesmo entre dois solteiros, tais relações são erradas. Segundo, ele já era casado, e o compromisso de casamento deveria ter sido mais um impedimento. Quantos homens têm evitado o pecado de adultério por causa de uma aliança ou fotografia da esposa, os lembrando do compromisso matrimonial na hora de tentação? Terceiro, ele sabia, antes de a convidar para casa, que Bate-Seba era mulher casada (2 Samuel 11:3). Nós devemos sempre respeitar as advertências sobre o pecado e suas conseqüências, antes de cometê-lo. Não devemos procurar circunstâncias que facilitam o pecado. Davi estava no lugar errado e pensou nas coisas erradas. Cada passo o levou mais perto do relacionamento pecaminoso que ia piorar a vida dele e de outras pessoas.
Davi havia quebrado duas provisões principais da lei mosaica: adultério e assassínio, e isso era punível mediante execução capital. Como Rei ele escaparia da intervenção direta de Yahweh, contra quem, em última análise, ele havia pecado.

Davi havia anulado a sua dignidade humana e, durante algum tempo, vendara os olhos para o elevado privilégio e para o destino reservado aos homens. A dignidade humana não uma palavra vã. Quando um homem está convencido disso, e nem tenta atingir a condição de sua dignidade, ele se rebaixa ao nível dos animais ferozes (Lecomte Du Nouy, em seu tratado intitulado Human Destiny).
Davi exercera as prerrogativas de reis pagãs e esquecera que ser Rei de Israel era algo diferente. Ademais, ele havia assaltado a soberania de Deus. 1. Na qualidade de filho de Deus, ele fora desobediente. Não demonstrava amor pelo pai. Rebelara-se contra as demandas corretas de seu pai.

2. Ele era um escolhido da vontade de Deus, mas agira contra o seu alto chamamento e esquecera seus privilégios especiais.

3. Ele se mostrava violento em sua conduta para com terceiros, cometendo crimes hediondos contra seu irmão e sua irmã da fé Hebraica.

Ele havia desconsiderado os cuidados que Deus tem por outras pessoas, e se tornara o centro de toda a sua atenção. Nisso ele violara a lei do amor AP próximo. Portanto, ele quebrou a própria intenção da lei: o amor a Deus e ao homem (Rm 13:8). Diariamente, a maioria de nós faz a mesma coisa, embora não envolva males tão óbvios, profundos e malignos. Contudo, diariamente, violamos o espírito tencionado a lei, por falta de amor.

O adultério poderia ter causado a execução capital de Davi (Lv 20:10), e igual seria o julgamento do homicídio (Lv 24:17). Mas houve a intervenção misericordiosa e amorosa de Deus. A idéia inteira do Evangelho é a intervenção Divina na vida humana. Isso reflete o Teísmo, em vem do Deísmo. Deus cria, é imanente na sua criação, guia, pune e recompensa, e não abandonando a sua criação conforme ensina o deísmo. Muitos eruditos supõem que, após a entrevista com Natã, Davi compôs o famoso Salmo 51, o salmo de arrependimento e de perdão; “os pecados de Davi foram hediondos, mas a graça Divina foi mais que suficiente para perdoá-lo e restaurá-lo (Eugene H. Merril, in loc.).
Adaptado do: “o Antigo Testamento interpretado versículo por versículo”. Autor R. N. Champlin. Ph. D.
Obser: Perdão e vida nova. O perdão Divino foi estendido a Davi e isso o manteve vivo. Ele poderia retomar sua vida e trabalhar na direção de seu destino. Contudo, seus pecados haveriam de caçá-lo até o fim, trazendo uma amarga colheita.
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim” (Lm 3:22).

II – UM PECADOR ARREPENDIDO

Repreendido por Natã devido ao gravíssimo pecado, Davi não se fez de inocente. De imediato, confessou: “pequei contra o Senhor” (II Sm 12:13).

1- A súplica

No Salmo 51, Davi começa por suplicar a Deus por misericórdia. Interessante é, que ele não procura desculpa para justificar o seu ato como muitos o fazem e até chegam a apontar para outro sendo ele mesmo o autor do erro. Vale a pena ressaltarmos aqui que o Rei Davi antes de tudo roga a Deus que lhe apague as transgressões, segundo a benignidade e a misericórdia Divina. Observamos no salmo 23, que Davi anela tanto a misericórdia e a bondade Divina que, que as mesmas lhe sigam todos os dias da sua vida. Ele ainda implora que o Senhor lhe lave da terrível iniqüidade e o purifique do horrendo pecado (Sl 51:2).

2- A confissão.

Cheio de amargura e constrangido pelo seu erro, Davi confessa reconhecer as suas transgressões, pois agora o seu pecado estaria continuadamente diante de si. Veja o que Ele diz: “contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que aos teus olhos é mau” (Sl 51:4). Na verdade quando alguém peca, peca contra Deus e a Bíblia é bem clara e enfática quando diz que “Deus não tem o culpado por inocente (Na 1:3).

3- O clamor pela restauração.

É certo que Davi não conhecia o poder purificador do sangue de Jesus. Mas sabia que, quando alguém era considerado imundo, por ter tocado num cadáver (Nm 19:6) ou num leproso (Lv 4:4), precisava, de acordo com a lei, passar pela cerimônia de purificação, na qual o Sacerdote tomava um molho de hissopo, molhava-o na “água da separação”, e a espargia sobre o transgressor. Assim, Davi considerava-se tão imundo, que precisava passar por esse processo. Hoje, na nova aliança, “o sangue da aspersão (Hb 12:24), ou seja: o sangue de Cristo, purifica as nossas consciências das obras mortas (Hb 9:14) e de todo o pecado (I Jo 1:7).

4- A purificação interior.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 51:101). Davi anelava por uma purificação interior e por um espírito reto. Somente aquele que reconhece o seu pecado é que consegue sentir a sujeira deste na alma. Por isso, Davi arrepende-se de suas transgressões e a confessa. Sim, o verdadeiro arrependimento faz com que aborreçamos o pecado.

5- O anelo pela presença de Deus.

“Não me lances fora da tua presença...” (Sl 51:11). Com certeza Davi sentia a falta da presença de Deus, porém ele sabia que um coração quebrantado, Deus estaria perto dele. Por esta causa Ele clamava: “Não retires de mim o teu Espírito Santo”. Sendo assim, fica certo que sem a presença viva e majestosa do Espírito Santo, deixamos de ser espirituais, e passamos à condição de meras criaturas.


6- A alegria da salvação.

“Torna a dar-me a alegria da salvação...” (Sl 51:12). Como Davi havia perdido a alegria da salvação, agora clama ao Senhor para que lhe restitua a bênção perdida. Quando o homem se encontra em situação como essa do rei Davi, não existe outro caminho a não ser buscar em Deus a restauração ou então as conseqüências serão avassaladoras.

Foi o próprio Davi que disse: Enquanto eu calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia, porque a tua mão dia e noite pesava sobre mim. Se você, sendo filho de Deus, entristecer o Espírito Santo, a sua comunhão com Deus Pai e com o Seu bendito Filho ficará, como consequência, logo interrompida; e enquanto você, arrependido, não reconhecer e confessar o seu pecado a Deus, aquela comunhão e aquele gozo não lhe serão restaurados.

III – O COMPROMISSO DIANTE DO PERDÃO

Deus não trata conosco da mesma maneira que os homens finitos tratam uns aos outros. Os pensamentos do Pai Celestial são de misericórdia, amor e terna compaixão. Em Isaías 55:7, temos o convite: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o vosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Que promessa maravilhosa! Deus é grandioso em perdoar!
Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com as insinuações do inimigo do bem. Não devemos dar ouvidos ao tentador e sim lembrarmos que Jesus morreu para que pudéssemos viver. Deus desfaz nossas transgressões como a névoa os pecados, como a neblina (Isaías 44:22). Sim, temos um Pai compassivo que está ansioso para nos perdoar. A parábola do filho pródigo, registrada em Lucas, capítulo 15 confirma essa verdade. Mesmo possuindo riquezas e conforto, o filho mais jovem pediu ao pai sua parte da herança e saiu em busca de prazeres numa terra distante. Tendo gastado toda a sua fortuna foi abandonado pelos próprios amigos na mais completa miséria. E enquanto cuidava de porcos se alimentava da comida deles e lembrava de quantos empregados na casa do pai estavam em melhores condições. Então decidiu o que haveria de dizer ao pai e tendo se levando partiu em direção à casa paterna. No verso 20 está a atitude do pai para com o filho pródigo. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e movido de íntima compaixão, correndo lançou-lhe ao pescoço e o beijou.” É assim que Deus promete tratar a todos nós que nos extraviamos nos caminhos do pecado.

Em Jeremias 31:3 temos outra declaração maravilhosa: “Com amor eterno te amei, com bondade te atrai.” Amigo ouvinte, cada desejo de voltar para Deus não é senão a atuação do Espírito Santo, atraindo o perdido para o amante coração paterno.

O filho pródigo caiu aos pés do pai e reconheceu ser indigno de ser tratado como filho. Pede para ser recebido como empregado. Mas o pai não só perdoa, purifica e também ordena que a condição do filho seja transformada. Vestes, anel e uma grande festa marcam o retorno ao lar. E é assim que Deus quer fazer conosco. Ao aceitarmos Seu convite e nos aproximarmos dEle como somos e estamos, o infinito amor do Pai nos oferece o perdão, purifica e nos transforma. Além de ser nosso advogado (I João 2:1) Jesus também promete jamais se lembrar de nossos pecados (Salmo 103:12). Não esqueça disso. Deus quer jogar todo o teu pecado nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e oferecer uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder.
Após sentir-se perdoado. Davi promete a Deus fazer algo que ficara impedido de realizar por causa de sua transgressão. Vejamos:

1- Ensinar aos transgressores (Sl 51:13).

“Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos.” Tendo experimentado o que é transgredir a lei Divina, o salmista assume o compromisso de levar os transgressores a aprender os caminhos do Senhor, e a se converterem de seus pecados.

2- Um parêntese de temor (Sl 51:14).

Atingido pelo medo de voltar a pecar, Davi abre um parêntese na sua oração, e pede a Deus que o livre dos crimes de sangue, De certo, a morte de Urias continuava a ferir-lhe a consciência.

3- Louvor a Deus (Sl 51:15).

Agora Davi em continuidade da sua petição faz, mas outro pedido de arrependimento a Deus que é; “que o Senhor lhe abrisse os seus lábios para que a sua boca pudesse entoar louvores.


CONCLUSÃO

Todos os homens são pecadores (Rm.3:23). Uma das maiores demonstrações de que a Bíblia é a Palavra de Deus está na sua imparcialidade, imparcialidade que está ausente de qualquer livro escrito pelos homens. Deus na faz acepção de pessoas (Dt.10:17; At.10:34), de modo que mesmo os grandes heróis da fé, e Davi é um deles (Hb.11:32), são apresentados como seres humanos e, portanto, como pessoas que, ao longo de suas vidas, pecaram e sofreram as conseqüências de seus erros diante de Deus.

Davi não é exceção. Embora a Bíblia o apresente como o grande rei de Israel, o construtor do apogeu da história israelita, o grande guerreiro, o escolhido para fundar a dinastia de onde proviria o Messias, o mavioso salmista de Israel, não esconde as suas falhas, os seus vergonhosos erros. Além do compromisso com a verdade, até porque a Palavra de Deus é a verdade (Jo.17:17) e a revelação de um Deus que é a Verdade (Jr.10:10), a narrativa das falhas e erros dos grandes homens e mulheres de Deus são, também, uma lição para os salvos, contra-exemplos, ou seja, ao vermos os erros destas personagens, aprendemos como não devemos fazer, para que não se repitam as drásticas conseqüências constantes da narrativa bíblica. (Colaboração do Ilustre Professor Dr. Caramuru Afonso falando sobre: Davi, um homem segundo o coração de Deus).
Podemos perceber que, quando um servo de Deus cai, principalmente em se tratando de um líder, o diabo e seus demônios se alegram. Entretanto, quando o filho de Deus se se arrepende sinceramente, o Senhor estende sobre ele o manto do perdão. Há alegria céu (Lc 15:7).

Bibliografia

Fontes Teológicas
Apontamentos do autor
Bíblia de Estudo “Plenitude” (ARC)
Colaboração do Ev. Dr. Caramuru Afonso
Adaptação da lição 07 da E.B.D do trimestre 3º trimestre 2007
Adaptação do livro “Cem sermões” do Pr. Josaphat Batista (2002)

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